É tempo de reflexões
que parecem fora de moda. Uma delas é sobre a transcendência. Hoje o mundo é
extremamente hedonista e consumista. Vivemos a busca incessante do prazer pelo
prazer, fazendo uso, especialmente da sexualidade, que todo mudo explora. Isto
é o hedonismo, que aliado ao consumismo inveterado, incentivado pela mídia,
fazem a realidade do mundo atual.
A ética do
capitalismo, que é o lucro pelo lucro, faz dos excluídos, os pobres, os “sem
salário”, os párias da sociedade. Quem não tem, não consome, portanto, não
existe... É uma ética desumana...
Pensar na
transcendência é revirar tudo isso. Não existe uma transcendência, mas várias:
a religiosa, a filosófica com enfoque original, a filosófica com enfoque
medieval e a filosófica com enfoque moderno. Não vamos aprofundar o tema nesses
aspectos. Vamos ver o que é realmente prático para a nossa vida.
Transcendência é a
fuga da banalização ou do banalismo. É a manutenção da inquietação diante das
aberrações que acontecem ao nosso redor.
Transcender é
inquietar-se mesmo mantendo-se em paz. Está é extremamente necessária para o
equilíbrio emocional, que é fundamental para atingir a transcendência. É
sublimar ao que é banal...
Como dissemos,
precisamos fugir da banalidade, da mesmice, do consumismo que dá mais
importância ao “ter” em detrimento do “ser”.
Quem transcende
consegue autoconhecimento, adquire cultura para além dos livros escolares; tem
domínio de todos os assuntos que “rola” no dia dia-a-dia, inclusive religiosos,
metafísicos e mundanos.
Os transcendentes
dominam a informação, o noticiário veiculado pela mídia impressa, radiofônica,
televisiva e eletrônica. Sabem de tudo. Mas, também, a formação, que vai
descobrir o “quê” está por trás da notícia, quais seus fundamentos, a “quem”
interessa, o “quê” gerou, “qual” o seu destinatário...
Esse conhecimento não
nos chega de “mão beijada”, na “maciota”... Ele depende de muita “ralação”, de
muita leitura, de muito “ouvir” opiniões abalizadas, de muita observação. É
preciso desenvolver um sistema de observação, de visão holística, de 360 graus.
Chegou o tempo de um
novo conhecimento, que não vai desprezar nada do que foi aprendido, mas
reprocessado, a partir dos instrumentos tecnológicos colocados à nossa
disposição...
É a transcendência.
Imagem: Google
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