No final do Século
XIX, um chefe indígena americano, contemplando as planícies que os homens
brancos tomaram na chamada “Marcha para o Oeste” ou na “Corrida do Ouro”, disse
uma frase muito séria: “...Quando os
últimos animais da terra se forem, os homens brancos sentirão um grande vazio
na alma, pois terão a certeza de que o que aconteceu com os animais, em breve
acontecerá com eles mesmos”.
Os índios certamente
já sentiam esse vazio, pois estavam sendo dizimados, como de fato o foram.
Hoje percebemos certo
pânico com a destruição da natureza. Água sumindo, animais desaparecendo, calor
excessivo, cidades entupidas de gente e carros...
O governo
desorientado, só sabe mesmo subir impostos... Pequenas ditaduras.
O planeta está em
chamas... Atentados, guerras, medos pelo mundo... Medos e insegurança quanto à
qualidade de vida no Brasil. Os animais silvestres, essenciais pelo equilíbrio
natural estão quase extintos. Sem alimentos nas florestas cada vez menores,
esses animais (alguns) tentam alimentos nas áreas urbanas e depois desaparecem,
mortos não se sabe como...
Os rios secos... As
represas em índices zero... Inicio dos apagões... Um país historicamente rico
em águas, agora tem de importar energia da argentina (aconteceu esta semana).
Erros de gestão a
longo prazo. Coisas de políticos, não de estadistas. Políticos não constroem
infraestrutura que desaparecem depois de pronta, mas elefantes brancos, como os
estádios de futebol, projetados para 40 ou 50 mil pessoas, quando na verdade, são
freqüentados por menos de duas mil. Milhões que renderam muitos holofotes
durante a Copa de 2014, aliás, com uma apresentação pífia da seleção
brasileira.
A zona rural
brasileira, sempre foi mal dividida: 75% das terras produtivas (que não
produzem) nas mãos de 25% dos mais ricos e 75% dos pequenos produtores
(corajosos) trabalhando em 25% das terras efetivamente produtivas. Roger
Bastide chamou este país de “Terra de Contrastes”... Diríamos: “Terra de
Ignorantes Políticos”...
Delfim Neto disse
recentemente na Rádio Bandeirantes: “...O
Brasil é um país miserável em termos de infraestrutura”. O Rádio continua
sendo uma bela fonte de informação e de formação. Infelizes dos surdos (ou
melhor, desinteressados).
O mundo está em
chamas. O país está em chamas e à deriva. Vamos terminar com uma reflexão de
Bertolt Brecht: “Do rio que tudo arrasta
diz-se que é violento. Mas nada se fala da violência das margens que o
comprimem”.
Irônico, não? Ou um
alerta real, verdadeiro, apocalíptico...
Imagem: Google
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