Os filhos são os
nossos melhores presentes. São bênçãos de Deus em nossas vidas. Ninguém nega
isso. Ninguém nega esforço para tê-los, vê-los crescer, educá-los, crescerem,
se tornarem adultos e obterem sucessos em suas vidas.
Invariavelmente eles
voam antes da hora. Procuram outros ninhos, caminhos, muitas vezes diferentes
dos que para eles fizemos planejamentos.
Criar filhos tem seus
pontos e contrapontos.
Muitos de nós nem
admitimos os filhos longe, queremos vê-los sempre por perto, queremos protegê-los,
não gostaríamos vê-los crescidos... Embora com isso a gente jamais concorde
racionalmente.
Há mães que se tornam
o terror de seus filhos e filhas. Não largam de seus pés. Há pais que desprezam
suas filhas porque esperam filhos homens.
Outros pais querem seus filhos à sua cara, com os mesmos valores e
defeitos. Algo quase impossível. Muitos só perceberão seus erros e exageros
quando tornaram a vida deles um inferno e as modificaram para sempre.
Pontos e
contrapontos... Muitos pais criam seus filhos com equilíbrio, dando a eles bons
exemplos, mostrando caminhos com responsabilidades, inclusive da religiosidade.
O quê eles serão no futuro, o serão a partir de suas próprias escolhas, cujas
sementes foram plantadas na base dos relacionamentos com os pais.
Pontos e
contrapontos... E os filhos, que seguindo modas recorrentes e inerentes às suas
idades, dão de ombros aos conselhos e alertas de seus pais. Literalmente batem
asas e só voltam para suas casas muito tempo depois com as asas quebradas e
esperando de seus pais o abraço necessário para o recomeço. Mas, aí contam o
tempo, a saúde, as feridas não cicatrizadas.
As famílias já não
existem. Pais e mães morreram ou
partiram para novos relacionamentos. Mas corações deles são insondáveis. Os
acolhimentos ocorrem, sem que isso cure as feridas.
Alegria nos rostos, o
abraço dos netos... Nos contrapontos a falta de reconhecimento, ingratidão, os
limites intransponíveis...
No ponto, o mesmo
amor, os mesmos sentimentos, as mesmas esperanças... No contraponto, a
fragilidade e a incapacidade de ação.
No ponto, pais felizes
pela realização dos filhos... Modelos irretorquíveis e irretocáveis... Peitos
empolados... Consciência tranqüila pelo dever de pais inteiramente cumpridos.
No contraponto, há! No contraponto, o tempo que ficou no tempo e sentimento de
vazio pelo dever de pai não cumprido...
No ponto corações
plenos e merecidamente transbordantes... No contraponto.... Sem contrapondo! E
os filhos continuam sendo nossos melhores presentes, da vida e de Deus.
Pena que a vida é
apenas uma...
Imagem: Google
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