A “síndrome do Porco” foi
um dos muitos e importantes ensinamentos do saudoso Pe. Léo, da Comunidade
Canção Nova: os porcos são animais que não olham para o céu. Sua constituição fisiológica e biológica não
permite que eles levantem a cabeça para mirar o céu. Por isso eles têm uma
grande facilidade de irem para a lama. Os porcos chafurdam (fuçam) a lama.
Deitam-se nela e gostam de lá ficar.
A vida de muitas
pessoas é assim. Fixam seus olhos no chão e no umbigo, não conseguem levantar
os seus olhos e ir além, isto é, ultrapassar os limites de seus próprios corpos.
Muito menos ampliarem os seus relacionamentos, visualizarem horizontes, mirarem
futuros, enfim atingirem o céu.
O que é
definitivamente certo é que somos superiores aos animais, somos mais, somos
alma, somos coração, somos sentimento, somos espírito Não nascemos para vivenciar a síndrome do
porco.
A síndrome do porco é
mais um sintoma do animalismo primitivo que muitas pessoas insistem em cultivar
em suas vidas.
A dúvida é quem veio
primeiro: essa condição de vida precária espiritualmente, machista, arrogante,
egoísta ou a violência que toma conta da sociedade.
Pessoas que só
enxergam o seu umbigo são egoístas e, intencionalmente ou não, prejudicam em
muito os relacionamentos sociais, as amizades, o convívio no trabalho, o
desenvolvimento dos negócios, o processo político.
Os porcos são o que
são e não podem mudar. Cumprem o seu processo de vida na natureza e na cadeia
alimentar dos humanos. São felizes com o seu destino. São admirados, desejados,
bonitinhos quando jovens e peças essenciais nas confraternizações humanas. Quem
não saliva abundantemente quando pensa numa comida mineira à base do torresmo
crocante, da costelinha suculenta, do pernil assado, no lombo à Califórnia?
Os egoístas são o
contrário: rejeitados, evitados, solitários, infelizes... Caminham em círculo e
não vão à lugar nenhum.
Pensar nessa
comparação pode ser um belo passo para iniciar o bem o “Ano Novo”... Se os
porcos não mudam, as pessoas podem, sim, revolucionar suas vidas,
transformando-as para melhor.
Pessoas foram feitas
para o bem maior, bens superiores, que ultrapassam os limites materiais. Mirar
o horizonte é construir utopias, sonhos...
Lembremo-nos de Eduardo
Galeano que explicou a “utopia”, como aquela força que “nos faz caminhar” em busca dos horizontes (exatamente onde eles se
encontram com o céu), mesmo que os sonhos sejam inatingíveis... E não caminhar
em círculos, sem sair do lugar, da mesmice, da idiotice, da mesquinhez.
Ano novo... Pensamento
novo!
Imagem: Google
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