A mídia
informativa tem se ocupado com notícias a respeito de pessoas sofrem
consequências negativas e sérias em decorrência de cirurgias e implantes para
corrigir ou aperfeiçoar aspectos de seus corpos. São pessoas que querem entrar
para o show business; querem se manter neles; ou deles não desejam sair...
E
sofrem consequências que comprometem a saúde de forma irreversível e as fazem
correr riscos de morte. Isso nada mais é um dos aspectos dantescos do
capitalismo selvagem (e consumista) que ninguém
enxerga, pois faz parte do paradigma no qual a civilização ocidental
está inserida... Especialmente o mundo da moda... Que movimenta bilhões de
dólares no mundo inteiro promovendo o culto
ao corpo.
As
imperfeições não são condenações... Depende do ponto de vista...
Muitos
se preocupam com seu corpo, sim, tendo em vista os negócios. Outros querem
corrigi-lo (aproveitando o gancho da moda) para se aproximar de pessoas ou
atraí-las... Estão em busca do “par perfeito”...
Ledo
engano... Essa ânsia de ser (ou parecer) o que não é... De ter o que não tem pode
dar certo num determinado momento, num determinado período, mas em algum
momento da vida a verdade aparecerá e, então, as explicações serão muito
difíceis de serem compreendidas... E um sonho que foi construído à base de
suor, lágrimas e ansiedade, cairá por terra...
O resultado será a solidão, a sensação de vazio, de tempo perdido... A
incapacidade, a saúde debilidade, o risco de morte...
A vida
precisa ser vivida tal qual ela se apresenta, com naturalidade, com calma, com
maturidade, com sonhos e projetos, sim,
mas com os pés no chão, com prudência, com visão holística (de 360º graus)...
Aliás, “prudência de caldo de galinha não
causam diarreia” (diz o ditado popular)...
Conformar-se com as imperfeições e ter o amor próprio, são os primeiros passos para a aceitação
de si mesmo... É o amar a si mesmo. Só
quem se a aceita, quem se ama, quem é feliz, pode amar alguém.
O amor
não é para ser implorado... O amor é um processo de aproximação em níveis iguais para que ninguém fique por
baixo... Importante: o amor exige renúncias
e muito mais aceitação. Sim, renúncias de aspectos da vida que possam interferir no relacionamento
principalmente a dois. Mas essas não devem ser radicais a ponto de
despersonalizar uma pessoa.
O amor
é um caminhar juntos, lado a lado, mirando um horizonte comum.
Vamos
ao conselho do Pe. Fabio de Melo:
“Eu só sei que amo verdadeiramente depois de
ter esbarrado nas imperfeições do outro, depois de ter conhecido sua pio faceta
e mesmo assim continuar reconhecendo-a como parte a que não posso renunciar. Só
o amor me faz conviver com o precário da vida, com a indigência humana”.
O ser
humano maduro tem essa qualidade fundamental: consegue ver e conviver com as
imperfeições próprias e alheias.
Imagem:
Google
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