terça-feira, 2 de junho de 2015

ACEITAR AS IMPERFEIÇÕES


A mídia informativa tem se ocupado com notícias a respeito de pessoas sofrem consequências negativas e sérias em decorrência de cirurgias e implantes para corrigir ou aperfeiçoar aspectos de seus corpos. São pessoas que querem entrar para o show business; querem se manter neles; ou deles não desejam sair...

E sofrem consequências que comprometem a saúde de forma irreversível e as fazem correr riscos de morte. Isso nada mais é um dos aspectos dantescos do capitalismo selvagem (e consumista) que ninguém  enxerga, pois faz parte do paradigma no qual a civilização ocidental está inserida... Especialmente o mundo da moda... Que movimenta bilhões de dólares no mundo inteiro promovendo o  culto ao corpo.

As imperfeições não são condenações... Depende do ponto de vista...

Muitos se preocupam com seu corpo, sim, tendo em vista os negócios. Outros querem corrigi-lo (aproveitando o gancho da moda) para se aproximar de pessoas ou atraí-las... Estão em busca do “par perfeito”...

Ledo engano... Essa ânsia de ser (ou parecer) o que não é... De ter o que não tem pode dar certo num determinado momento, num determinado período, mas em algum momento da vida a verdade aparecerá e, então, as explicações serão muito difíceis de serem compreendidas... E um sonho que foi construído à base de suor, lágrimas e ansiedade, cairá por terra...  O resultado será a solidão, a sensação de vazio, de tempo perdido... A incapacidade, a saúde debilidade, o risco de morte...

A vida precisa ser vivida tal qual ela se apresenta, com naturalidade, com calma, com maturidade,  com sonhos e projetos, sim, mas com os pés no chão, com prudência, com visão holística (de 360º graus)... Aliás, “prudência de caldo de galinha não causam diarreia” (diz o ditado popular)...

Conformar-se com as imperfeições e ter o amor próprio, são os primeiros passos para a aceitação de si mesmo... É o amar  a si mesmo. Só quem se a aceita, quem se ama, quem é feliz, pode amar alguém.

O amor não é para ser implorado... O amor é um processo de aproximação  em níveis iguais para que ninguém fique por baixo...  Importante: o amor exige renúncias e muito mais aceitação. Sim, renúncias de aspectos da vida  que possam interferir no relacionamento principalmente a dois. Mas essas não devem ser radicais a ponto de despersonalizar uma pessoa.

O amor é um caminhar juntos, lado a lado, mirando um horizonte comum.

Vamos ao conselho do Pe. Fabio de Melo:
“Eu só sei que amo verdadeiramente depois de ter esbarrado nas imperfeições do outro, depois de ter conhecido sua pio faceta e mesmo assim continuar reconhecendo-a como parte a que não posso renunciar. Só o amor me faz conviver com o precário da vida, com a indigência humana”.

O ser humano maduro tem essa qualidade fundamental: consegue ver e conviver com as imperfeições próprias e alheias.



Imagem: Google

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