Um
rápido recuo na História da Humanidade... Estamos no teatro grego clássico. Os
atores estão em cena, a função vai começar... Sua indumentária consiste máscaras desenhadas e pintadas de acordo com
a temática da peça... Alguns vestem as máscaras e outros apenas as seguram por
hastes diante dos seus rostos. Os atores são hipócritas... Não, não são pessoas
falsas... Apenas representam no palco algo que não são, pois são apenas
atores...
Hipocrisia,
então, vem do grego clássico hypokrisis,
que significa fingir, representar
pessoas que não são, exatamente o que os atores faziam no palco...
Como
derivação desse significado, a hipocrisia ganhou o cotidiano das pessoas e
passou a significar a falsidade, o “ser o que não é”... /realmente um grande
problema para o convívio e a harmonia social.
Percebe-se
que hipócritas, isto é aqueles que praticam a hipocrisia, são como formigas,
estão em todos os lugares. Como as formigas são potenciais transmissoras de
doenças, a hipocrisia também é um veneno social...
Pessoas
hipócritas vivem fingindo, são atores. Conscientes ou não, são espertas, pois
incapazes de ter a qualidade de outras pessoas, fazem de tudo para superá-las,
mesmo sem o conteúdo necessário. São falsas, banais, supérfluas e não resistem
ao menor questionamento... Logo dissimulam.
O
historiador e cronista do Império Romano, Suetonio Tranquilo, já se referia aos
hipócritas como “histriões, falsos e
tolos”. De fato, o tempo se encarregou de provar que a hipocrisia pode
evoluir para a o “histrionismo”, que é a incapacidade da pessoa de suportar o
fato de não ser o centro das atenções.
Histriônico
é aquele que faz de tudo para roubar a cena. Enquanto ele fala todos devem
silenciar e esperá-lo concluir, coisa que nunca acontece. É cúmulo da hipocrisia.
E aí
vem aquele ditado popular: “senta no seu rabo e critica o rabo do outro”. Isto é:
aponta as atitudes falhas das pessoas e cometem os mesmos erros.
No
campo religioso a hipocrisia pega muito. A essência da hipocrisia está na falta
de coerência entre o que se fala e o que se vive. A Igreja Católica fala em
incoerência entre fé e vida.
Aliás,
o próprio Jesus foi veemente com os hipócritas, chamando-os de “sepulcros caiados: bonito por fora e podre
por dentro”.
Suetonio
sugere pena, compreensão... E nós? Precisamos de cuidado (ou coragem). Primeiro,
para uma autoanalise, na tentativa de se estamos ou não no time dos hipócritas...
E trabalhar isso, fazendo uma reengenharia de nossa vida.
Em
segundo, procurar saber se pessoas
hipócritas estão por perto. Se estiverem, o jeito afastarmos delas, ou colocá-las
no devido lugar, para que a nossas vida siga o seu curso, em que pese as
dificuldades naturais.
Imagem:
Google
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