“...Todos os corações nobres têm algo em
comum, a misericórdia. Ela nos torna verdadeiramente humanos e divinos. Quem se
compadece dos outros de si próprio se lembra. A compaixão se manifesta por atos
e nela é essencial a bondade. Compadecer-se dos sofrimentos e tentar resolver
as contrariedades da v9da. A compaixão e a misericórdia que se inclina sobre a
miséria humana e é reconhecida através de atitudes e bons gestos...”
Excerto
de texto publicado no Portal Vozes, Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, do
Pe. Antonio Francisco Bohn, de Luiz Alves-SC.
Coração
benevolente é absolutamente necessário, ainda que seja um contraponto às exigências do mundo moderno.
Consumismo-hedonismo é um dos motes mais
importantes que determinam o estilo de vida das pessoas atualmente.
O
consumismo é a pedra de toque do capitalismo. Sem consumo não há capitalismo. O
dinheiro precisa circular, passar de mão em mão, até acumular na conta de
alguém, o grande, invisível e encastelado capitalista maior. Quem não compra
não é gente, por isso está excluído, é invisível, a não ser que seja salvo por
uma dessas “bolsas” governamentais.
Já o
hedonismo é a doutrina da busca do prazer pelo prazer. É antiga, vem dos
gregos, sendo o filósofo Epícuro um dos seus baluartes. O prazer sexual é,
hoje, um dos componentes mais fortes. Como essa doutrina sofre sérias
restrições de Igrejas e Confissões Religiosas, uns procuram atenuá-lo dizendo
que o hedonismo é a tendência da pessoa em se livrar da dor, substituindo-a pelo
prazer. Esse é o ensinamento de Epícuro.
Entretanto,
persiste a corrente do hedonismo puro, que busca mesmo o prazer a qualquer
custo: pelo sexo, pela ostentação, pelo consumo, pela subjugação de pessoas,
pela violência, pelas drogas, pela ganância, pelo poder em todas suas formas, mandando
às favas qualquer forma de solidariedade, de benevolência, de altruísmo, de
religiosidade.
Consumismo
e hedonismo, aliados de peso na conformação da sociedade pós-moderna, de pleno
domínio do capitalismo.
João
Paulo II pregava a globalização da caridade como forma de equilibrar a
globalização econômica, percebendo que aqueles que não tinham poder econômico
fatalmente estariam alijados do processo socioeconômico.
Assim,
ter um coração benevolente é aproximar-se dos excluídos, vítimas de todas as
formas de pobreza, inclusive as da pós-modernidade, que vitimizam as pessoas de
posse que não têm estrutura psicológica para suportar a pressão
consumista-hedonista.
Que tal
uma paradinha para pensar... E dar uma olhada ao redor... Certamente ali estará
alguém de mão estendida à espera de um coração benevolente.
Imagem:
Google
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