terça-feira, 9 de junho de 2015

UM CORAÇÃO BENEVOLENTE

“...Todos os corações nobres têm algo em comum, a misericórdia. Ela nos torna verdadeiramente humanos e divinos. Quem se compadece dos outros de si próprio se lembra. A compaixão se manifesta por atos e nela é essencial a bondade. Compadecer-se dos sofrimentos e tentar resolver as contrariedades da v9da. A compaixão e a misericórdia que se inclina sobre a miséria humana e é reconhecida através de atitudes e bons gestos...”

Excerto de texto publicado no Portal Vozes, Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, do Pe. Antonio Francisco Bohn, de Luiz Alves-SC.

Coração benevolente é absolutamente necessário, ainda que seja um  contraponto às exigências do mundo moderno.

 Consumismo-hedonismo é um dos motes mais importantes que determinam o estilo de vida das pessoas atualmente.

O consumismo é a pedra de toque do capitalismo. Sem consumo não há capitalismo. O dinheiro precisa circular, passar de mão em mão, até acumular na conta de alguém, o grande, invisível e encastelado capitalista maior. Quem não compra não é gente, por isso está excluído, é invisível, a não ser que seja salvo por uma dessas “bolsas” governamentais.

Já o hedonismo é a doutrina da busca do prazer pelo prazer. É antiga, vem dos gregos, sendo o filósofo Epícuro um dos seus baluartes. O prazer sexual é, hoje, um dos componentes mais fortes. Como essa doutrina sofre sérias restrições de Igrejas e Confissões Religiosas, uns procuram atenuá-lo dizendo que o hedonismo é a tendência da pessoa em se livrar da dor, substituindo-a pelo prazer. Esse é o ensinamento de Epícuro.

Entretanto, persiste a corrente do hedonismo puro, que busca mesmo o prazer a qualquer custo: pelo sexo, pela ostentação, pelo consumo, pela subjugação de pessoas, pela violência, pelas drogas, pela ganância, pelo poder em todas suas formas, mandando às favas qualquer forma de solidariedade, de benevolência, de altruísmo, de religiosidade.

Consumismo e hedonismo, aliados de peso na conformação da sociedade pós-moderna, de pleno domínio do capitalismo.

João Paulo II pregava a globalização da caridade como forma de equilibrar a globalização econômica, percebendo que aqueles que não tinham poder econômico fatalmente estariam alijados do processo socioeconômico.

Assim, ter um coração benevolente é aproximar-se dos excluídos, vítimas de todas as formas de pobreza, inclusive as da pós-modernidade, que vitimizam as pessoas de posse que não têm estrutura psicológica para suportar a pressão consumista-hedonista.

Que tal uma paradinha para pensar... E dar uma olhada ao redor... Certamente ali estará alguém de mão estendida à espera de um coração benevolente.



Imagem: Google

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