terça-feira, 30 de junho de 2015

QUANDO ACABA A LUA DE MEL

Tudo que um dia começa, um dia tem um fim...
Tudo que sobe, desce...
Uma viagem pelo espaço infinito, um dia vai chegar ao seu destino, mesmo que seja daqui a bilhões de anos... Quem viver verá.

E até a lu-de-mel acaba, senão em tragédia... Ou decepção... E as promessas de amor infinito?

A lua-de-mel acaba quando as pessoas “caem na real”... E nada melhor a realidade para desnudar pessoas, coisas e situações.

Na verdade, todas as vezes que iniciamos a realização de nossos sonhos a momentos ou instantes em que a o entusiasmo, a emoção, o lirismo, o idílio, são substituídos pelas condições naturais de vida...

Isso acontece nas relações conjugais a partir do momento em que a rotina da vida vai revelando quem realmente as pessoas são. O tirar a roupa, literalmente, significa deixar caírem as máscaras... E as pessoas, de fato, já não escondem mais suas características e se dão a conhecer um para o outro. A rotina é sinônimo de contas a pagar, horários a cumprir, gravidez com todas as suas imprevisibilidades, filhos a chorar, a exigir atendimentos urgentes, fraldas a serem trocadas em momentos inesperados. Choque de realidade.

No trabalho, ou melhor, no novo emprego também é assim. Há a emoção e o entusiasmo inicial.  Com o tempo o chefe mostra sua verdadeira face, os colegas, especialmente os mais antigos passam a olhar de forma tortuosa, o exercício do trabalho não é “aquilo” que foi anunciado. O choque de realidade faz as máscaras caírem e a lua de mel chega ao fim. Sobrevém  sentimento de frustração e a sensação de que “acho que não fiz a coisa certa”...

Há muitas outras situações semelhantes... Ou acontecem da mesma forma. A viagem frustrada... As férias organizadas o ano inteiro que deu em nada..E por. O livro e o filme que prometiam...  Aquela temporada na praia que choveu 80% do tempo... E por aí vai...

Luas de mel que se acabam antes do tempo...

A experiência indica que nada é certo na vida e que devemos estar preparados para tudo, ou quase tudo. Pés no chão, prudência, plano “B”.

Pés no chão para saber que na vida nem tudo é alegria, lirismo, romantismo e idílio, pois há uma realidade nua e crua que precisa ser enfrentada com maturidade.

Prudência para evitar novas precipitações e plano “B” para não ficar a “ver navios”, perdido na noite sem opções de vida.

Lua de mel não é eterna, é sazonal... Ledo engano de quem espera que dure para sempre... Vamos acordar para a realidade da vida!



Imagem: Google

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