segunda-feira, 10 de março de 2014

CICLOS


Estamos no inicio do terceiro mês do ano. Aliás, para muitos 2014 só agora começou... O verão, aqui no hemisfério sul, a estação da alegria, da vida intensa, caminha para o seu fim. Logo chegará o outono, a estação das folhas caídas, parece que a natureza fica triste, as árvores peladas, o chão feio, sujo... É uma transição para o inverno, sinônimo de frio, recolhimento, hibernação...

Daqui a pouco surge a primavera e... Então tudo renasce. Colorido, verde, azul do céu, pássaros voando e cantando, os desfiles de moda, antecipando o novo verão... Ciclos.

Assim é a vida, feita de pequenos ciclos que sustentam os grandes ciclos, bases do ciclo maior: nascer, crescer, sofrer, ser feliz, morrer...

Em todos os ciclos há sempre o que plantar. É possível escolher as sementes. Jamais esperar colher algo diferente do que se plantou. Essa é a grande diferença dos ciclos da natureza. Esta foi dotada pelo criador de uma sabedoria simples, singela que a faz manter-se sempre viva. Há uma inércia... Inércia é aquela característica de qualquer objeto de manter seu estado a menos que uma força exterior aja sobre ele.

Com os seres humanos já não há inércia, pois seus movimentos estão continuamente sendo modificados pelas características próprias de cada um. Assim a vida é totalmente imprevisível, e os ciclos incertos. As poucas certezas humanas são o morrer após ter nascido, a interdependência uns dos outros e a possibilidade do ciclo da vida ser rompido a qualquer momento.

Mas a vida humana é dotada de muitas maravilhas. Uma delas é a liberdade de escolha. Outra é a liberdade e o direito de ir e vir, agora mais do que nunca reconhecido em todas as partes (ou em quase todas).

Há ainda o direito de ser a força externa de interferir no ciclo da natureza, fazendo-a inimiga e não amiga como sempre o foi ao longo do tempo. Seres humanos sinônimos de arrogância.

Em todos os ciclos há o tempo de plantar e o tempo e colher. Sabiamente São João da Cruz escreveu: “No entardecer da vida, seremos julgados pelo amor”. Não haverá um tribunal específico. A história cuidará de tudo...

Assim, conveniente é sempre plantar amor e com amor, para que a colheita seja amor e com amor. Não importa o que plantar: sonhos, projetos, estudos, participação política, vida social, família, relacionamento a dois, filhos, viagens, conhecer o mundo... Importam a qualidade das sementes e a certeza de que elas estão lançadas em “solo sagrado e chão quente...”


 Imagem: Google

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