terça-feira, 30 de setembro de 2014

CAMINHOS PARA A FELICIDADE


Todos nós buscamos viver unicamente para sermos felizes. Nem poderia ser diferente.

Entretanto, como temos insistido aqui, é impossível sermos felizes sozinhos. Precisamos de alguém, precisamos do outro. É o princípio fundamental da alteridade. Precisamos de parceiros, de prestadores de serviços, de médicos, de advogados, de garis, de professores, de pais, namorados e namoradas, esposas e esposos. Ninguém é uma ilha, ninguém é ermitão por muito tempo.

Há caminhos, muitos caminhos para o encontro da felicidade. A vida é uma linha reta que une o nascimento à morte e exige que esse intervalo seja vivido de forma que ela valha a pena e tenha sentido. Ninguém tem a vocação para nascer anônimo, crescer anônimo, viver anônimo e morrer anônimo. Nesse intervalo é preciso fazer acontecer, construir uma história e fazer a diferença, pelo menos para alguém.

Os caminhos para a felicidade são incertos e sofrem nuances...

Para ser feliz é preciso estar pronto para viver a vida plenamente... Amar a si mesmo em primeiro lugar e as pessoas que nos querem bem... Projetar a nossa felicidade nos outros, isto é, não ser egoísta, nem arrogante.

Não viver nem darmos cabimento a falsas promessas, vivermos, isto sim, da realidade e da verdade, que pode doer muito no primeiro instante, mas resolve os problemas para o resto da vida.

Cultivarmos uma visão positiva das coisas, uma abertura para o belo, para arte, para a música, para a arte, para a emoção. Assim é possível cantar, dançar, assobiar, apresentar sempre um rosto feliz, com sorriso pronto, irradiando e iluminando os caminhos das pessoas de nossos relacionamentos.

A autoconfiança é essencial, para ser o porto seguro para as demais pessoas. Vivemos numa sociedade eminentemente política, apesar dos pesares. Assim, todos nós precisamos sonhar com um mundo melhor e lutar por isso...  A felicidade é, também, sonhar um sonho coletivo.

A felicidade não dispensa a ética que leva ao respeito mútuo, especialmente aos valores humanos essenciais e nem a religiosidade que nos faz altruístas, caridosos, solidários, participativos.

Porém, a felicidade não está na sofisticação, na ostentação, nas coisas complicadas. A felicidade mora nas coisas simples, nas pessoas simples, nos ambientes simples. Pode até demorar a gente compreender isso e gerar ansiedade. Mas chega a hora e a felicidade acontece... Aí, então tudo passa ser alegria plena.



Imagem: Google.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O INSTANTE PRESENTE


Um dos melhores filmes da cinemateca brasileira chama-se “Abril Despedaçado”, dirigido por Walter Sales, uma adaptação livre do livro do autor albanês Ismail Kadaré, com o mesmo título. O filme trata dos códigos de honra presentes no sertão brasileiro no início do Século XX. Numa disputa por terras entre duas famílias, o filho mais velho de uma mata o filho mais velho da outra. E assim por diante até, a eliminação completa, a menos que um fator estranho interfira no processo e encerre  o ciclo da violência. Vale a pena ver esse filme, desconhecido dos brasileiros, como tantas coisas boas que o mundo conhece e reconhece, menos por aqui.

Neste filme, numa das cenas de velório, o patriarca, cego, chama o matador de seu filho, a próxima vítima e lhe mostra um relógio na parede e diz: “...Está vendo aquele relógio? Ele está dizendo mais um, mais um. Mas para você é menos um, menos um...”

O rapaz seria o próximo a ser morto. Suas horas estão contadas. Assim é a vida. Os relógios, realmente marcam “menos um, menos um”. Nesse sentido não temos que nos agarrar ao passado com tanta avidez, nem o futuro com tanta ansiedade. O  que interessa é o presente, o “hic et nunc” (O aqui e agora).

O Professor Luiz Almeida Marins Filho conta que as pessoas gastam 85% seu tempo preocupando-se com o passado, com lamentações pelas perdas e coisas não feitas. Gastam também 10% de seu tempo pensando no futuro, vivenciando uma ansiedade muito forte com coisas que não têm certeza se vão realmente acontecer. E Apenas 5% de seu tempo com o presente. Vivem muito pouco o que a vida lhes oferece.

Viver com a cabeça no passado e mantê-lo do presente. E isso só atrapalha e turva a visão. Viver o futuro é deixar a vida passar e não se dar conta, pois o futuro está no horizonte. Quanto mais caminhamos em direção a ele, mais ele se afasta.

Portanto, vivamos o presente, Do passado guardemos as coisas boas, os aprendizados, as experiovivências. Viver bem o presente é construir o futuro.

A vida tem tanto a oferecer... Está certo que muitas coisas não vão bem e exige de nós um posicionamento. Porém, isso não deve nos causar angústias. O importante é escolher um estilo de vida, de acordo com as nossas premissas. Um conselho? Viver a paz, a partir das coisas simples.

Sem lamentações, sem ansiedade... Com agradecimentos constantes pelos dons que a vida nos oferece. A simplicidade não nos impede da conectividade com o mundo, com os amigos, com a história presente, enfim. A felicidade é um somatório de pequenas conquistas, dias bem vividos e noites bem dormidas.

Assim vivendo, sem perceber, ou inconscientemente, nem percebemos que o relógio da parede continua dizendo “...menos um, menos um, menos um”.


Imagem: Google.


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

AS CORRENTES QUE NOS AMARRAM


Na época em que era permitida a presença de animais em circos circulava um comentário dando de que “se os elefantes tivessem consciência da força que tinha (ou tem) o circo não ficava em pé”.

O elefante do circo estava condicionado a viver amarrado, enquanto não estava atuando. Os seus movimentos de vai-e-vem não chegavam a esticar a corda e forçar a estaca que estava fincada no chão a us 30 centímetros no máximo. A corrente prendia o elefante era o condicionamento, portanto, psicológica.

Assim também é no reino humano. As correntes que nos amarram são psicológicas, condicionamentos, e correntes físicas. São correntes forjadas no decorrer da vida, pelas dificuldades, pelas frustrações, pelas decepções, pelas derrotas, enfim.

Muitas vezes escolhemos amigos, parceiros, sócios, companheiros (pseudos), os quais insistem tanto, tanto, em falar na nossa cabeça a respeito de nossas falhas, de nossas incapacidades, que elas acabam se tornando verdades... Nelas passamos a acreditar e com isso deixamos de lutar, de ir em frente, de buscar os nossos sonhos.

Quando não somos capazes de mudar uma situação deparamo-nos diante do desafio de mudarmos a nós a nós mesmos”, disse o pensador Viktor Frankl. Ou devemos ser como a água que segue o seu destino contornando as pedras que encontram pelo caminho.

Permanecemos presos às correntes psicológicas enquanto não descobrimos as nossas próprias forças, as nossas próprias possibilidades e potencialidades. Para que isso aconteça é necessário, em primeiro lugar o autoconhecimento, isto é, a tomada de consciência de como somos como pessoas, a nossa história, os nossos valores, a nossa cultura, as nossas crenças, as nossas premissas. A partir daí, teremos condições de avaliar o que realmente nos amarra, nos prende.

Assim fortalecidos, não importam o que falam, as atitudes de dificuldade que visam impedir a nossa caminhada, iremos sempre em frente.

Agora, é importante saber, também (e aí vem a segunda parte) se é hora de solicitar ajuda externa e profissional. Um psicólogo, um sacerdote, um pastor, um professor, um advogado, pessoas com formação essencialmente humana, com certeza serão capazes de nos orientar.

As nossas necessidades, a nossa tomada de consciência iluminará a nossa razão para escolher as pessoas ideais para conversarmos. Nesse aspecto caso os identifiquemos, os verdadeiros amigos também podem nos orientar com segurança,

O que não podemos é continuarmos presos a correntes que não existem e o tempo passando e a gente perdendo o trem da história... Da nossa história.



Imagem: Google.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O FIO DE ARIADNE


De acordo com a Mitologia Grega, Teseu um jovem de Atenas, tomando conhecimento de que sua cidade deveria pagar ao Reino de Creta um tributo anual, consistindo essa obrigação de sete rapazes e sete moças, para serem entregues a Minotauro, um ser mitológico meio humano e meio touro, que era carnívoro, solicitou para ser incluído no grupo. O tal monstro vivia num labirinto no Palácio de Cnossos, capital de Creta, construído pelo Rei Minos e do qual ninguém conseguia sair.

Já em Creta, Teseu encontrou Ariadne, filha do Rei Minos e ambos se apaixonaram. Ariadne, na tentativa de salvar Teseu montou uma estratégia, entregando a ele o fio de um novelo que se desenrolaria à medida que adentrava ao labirinto e, também uma arma branca com a qual poderia matar o monstro. E foi o que aconteceu. Teseu matou-o e conseguiu sair do labirinto seguindo o “Fio de Ariadne”.  Casaram-se, mas não foram felizes para sempre, pois há muitas controvérsias sobre o futuro dos dois. O certo é que Teseu se tornou herói em sua terra, pois a livrou das amarras com Creta e Ariadne abandonada numa ilha qualquer entre o Mar Egeu e o Mar Jônio. Aqui e agora interessa-nos a simbologia atual dessa lenda.

Isso mesmo: é a simbologia que nos interessa. A vida costuma nos pregar peças. Muitas vezes quando nos damos conta estamos num labirinto, caminhamos em círculo e não encontramos saída. São dificuldades de relacionamento, má administração financeira, envolvimento com drogas, problemas com filhos, desemprego, doenças crônicas, São situações que vão nos enredando numa teia e nos sufocando. Precisamos, então, do “Fio de Ariadne”, isto é, um jeito para encontrarmos o caminho que leva à saída, ou a solução dos problemas e a superação das dificuldades.

É por isso que muitos insistem que quando o labirinto acontece em nossa vida, fechando portas e instalando a escuridão, a solução é procurar ajuda, apoio e luz para iluminar o túnel que nos leva à saída... O “Fio de Ariadne”.

Na Mitologia Grega, Teseu resolveu o problema de Atenas quando matou o Minotauro e conseguiu sair do labirinto seguindo o “Fio de Ariadne”, lhe dado por sua amada, pessoa chave, que significou a diferença entre a vida e a morte.

Hoje não dá para ter esse “Fio” com antecedência. Porém, é possível ser ou ter uma Ariadne. A verdadeira Ariadne é a pessoa que é o nosso amor, parceira de nossa vida. Ou o grande, sincero e verdadeiro amigo.

É um exercício de superação, principalmente do egoísmo, da arrogância, do orgulho, da metideza... É importante gostarmos de nós mesmos. Ninguém dá o que não tem. As dificuldades com certeza baterão à nossa porta (ou de alguns dos nossos amigos).

Então, nesses momentos, o “Fio de Ariadne” é fundamental. É a diferença entre a tensão e o relaxamento, a alegria e a tristeza, o amor e a indiferença, a vida e a morte.



Imagem: Google.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

BILHETE PARA A PRIMAVERA


Olá primavera, seja bem vinda, a mais bela das estações, até que enfim, chegou!

Aprendemos desde crianças que você é a estação do renascimento, da renovação... Lemos isso nos livros de histórias infantis... Há sempre uma grande neve em que o mundo praticamente pára.  As florestas perdem as flores e o solo fica coberto de um grande manto branco. Aparentemente não há vida. O ambiente fica obscuro... Mas de repente tudo muda, o sol brilha, a neve desaparece, os pássaros voam e cantam alegremente e os animais saem das tocas. Antes do inverno eram todos jovens e agora já constituem famílias e são felizes para sempre... Doce ilusão...

Não deveria, primavera, mas parece que os tempos são outros... As selvas agora são de pedra e não param nunca. Os pássaros são raros... Os barulhos são ensurdecedores, agitação, pessoas apressadas e nervosas, medo, violência, mudanças climáticas, carros muito carros nas ruas, perigo constante... Pois é, primavera, as notícias não são boas...

Veja, primavera o que está acontecendo no Brasil. Houve a Copa do Mundo de Futebol... Que decepção, que sentimento de vazio! Depois veio a estiagem e a seca, a água sumindo, o deserto tomando conta da paisagem, as queimadas, fauna e flora desaparecendo ou sofrendo.

Amiga primavera, o “Sete de Setembro”, dia da Pátria, passou como se um velório, do qual muitos correm. E por falar nisso perdemos um líder, Eduardo Campos, que simbolizava uma esperança de primavera para o nosso país...

E as eleições? Que coisa mais chata, mais chechelenta! Pessoas  vazias tentando mostrar o que não têm: conteúdo. E o Brasil se afundando, beirando à crise econômica, muito próximo da recessão e o povo querendo sair às ruas em busca de uma nova primavera, mas aí os vândalos se aproveitam e bagunçam mais ainda... Eles têm a certeza da impunidade e fazem o que querem, ridicularizando a polícia, que cumpre o seu papel: prendem, mas a justiça, guardiã da lei, os soltam e eles riem de tudo e de todos.

Ah! Primavera, que inverno que nunca termina!

Claro que há coisas boas. A comunicação instantânea e na palma da mão, os ganhos sociais, A Televisão de alto nível, que vendem ilusões, as leis que pretendem proteger as pessoas da violência, dos preconceitos, a diminuição da pobreza, pelo menos nos discursos.

Mas o Brasil continua sendo, como já descobriu Roger Bastide, “Uma terra de contrastes”.

Querida e linda primavera! Ainda dá tempo de ver os ipês floridos e por isso não desistimos da esperança que você nos traz. 

Seguem umas palavras em sua homenagem:

PRIMAVERA

Prima
Felicidade da Natureza
Vera
Alegria dos campos

Primazia
Das flores
Veracidade
Das cores

Os olhos brilham
A primavera floresce
As nuvens brancas
Dançam no azul do céu
A vida renasce

Prima
Felicidade dos amantes
Vera
Alegria nos corações

Primazia

Da esperança


Imagem: Google.

RASTEIRA(S)


Você á levou de alguém uma rasteira?
Você mulher gosta de usar a confortável rasteira?
Você, por acaso, já viu alguém hospitalizado usar aquela rasteira?
Você conhece alguns amimais peçonhentos que são rasteiros?

Pois é, a única coisa boa quando se fala em “rasteira”, são aquelas sandálias leves (quando de boa qualidade) que as mulheres usam num dia quente de verão. Não cansam os pés...

E tem ainda as plantas da família das Verbenácias, que se cultivam nos jardins e os enfeitam...

No mais só em pensar em “rasteira” chega a dar calafrios. No mundo de hoje as pessoas procuram levar vantagens sobre as demais, gerando um estado de tensão constante. Uns prontos para dar o bote, outros sempre atentos e com medo de levar o mesmo bote. As “cobras” estão em qualquer lugar, sempre às espreitas e espertas para atacar... E elas rastejam, portanto são rasteiras.

As pessoas enfermas e acamadas têm a alternativa de usar um recipiente para suas necessidades básicas e tais recipientes, por serem baixos, também tem o nome (ou apelido) de rasteira. Não é um boa a doença, muito menos os hospitais (Deus nos livre!).

Mas a rasteira mais nojenta, mais abominável é aquela que um amigo aplica no noutro, traindo a sua confiança, especialmente nos negócios. E quando envolvem parentes, pessoas consanguineas. Este tipo de rasteira muito se aproxima de sua definição literal, que significa “dar um trança-pé na pessoa, derrubando-a”.

E quantos acontecimentos desse tipo ocorrem a cada dia, causando infelicidades mil. E quantos não acabam em tragédia, levando o luto às famílias e as estigmatizando para o resto de suas existências.

Aplicar uma rasteira pode ter um simbolismo de esperteza, num mundo em que sobrevive o mais esperto. Lei da selva primitiva. Isso não é bom, não é legal, porque reforça a ideia de um mundo sem ética, sem respeito aos mais elementares dos valores humanos, o respeito pela vida, pela dignidade, pelo direto às relações em que impera lei do “ganha-ganha” e não do “ganha-perde”, quando um sempre leva vantagem e o outro fica com o prejuízo.

Acabar com o espírito do “levar vantagem em tudo”, significa uma nova postura diante da vida, diante das pessoas, colocando a ética acima de tudo.

Levar uma rasteira marca para sempre... Causa tragédias. É inesquecível. Portanto, é bom pensar seriamente no assunto, pois nesta vida que é única, há uma lei não escrita, mas plenamente ativa e inevitável, e tem um nome específico: LEI DO RETORNO...



Imagem: Google.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ELEIÇÕES... UMA CONTRIBUIÇÃO


Isso não é novidade... Os políticos estão “bombando”... E martelando a nossa cabeça. Vote em mim! Vote em mim! Vote em mim!

Sim, vamos participar das próximas eleições, pois votar é obrigatório! Os políticos têm certeza do nosso voto. Está certo que boa parte de nós eleitores deixaremos de comparecer às urnas ou votaremos nulo ou branco.

O que pouca gente sabe é que votar é um direito. Desde que a Democracia Direta, tal e qual foi criada em Atenas, na Grécia Antiga, tornou-se inviável, a solução foram as eleições através das quais se elegeriam os “representantes” do povo, surgindo, então a Democracia Indireta.

É bom lembrar que os governantes e os legisladores não surgiram antes do povo. Este, originalmente precisando de organização, de liderança delega a alguém que tem capacidade para exercer essa função. Criam-se os sistemas de governo, as leis para regular o funcionamento da sociedade, às quais todos têm o dever de obedecer, pois foram criados exatamente por aqueles “delegados”. As devem ser iguais e aplicáveis a todos indistintamente. Não deve haver privilegiados.

Quase ninguém sabe disso. As mensagens que os políticos passam é que eles são os protetores e condutores do povo. É o mesmo discurso dos grandes ditadores ao longo da História.

A arte de inverter esses valores chama-se “Populismo”, muito praticado no Brasil a partir dos Anos 30, mas também em países, como Itália (com o Fascismo) e na Alemanha (com o Nazismo) e em outros como a Argentina e países recém-libertos do colonialismo da África.

O que interessa mesmo é que votar é um direito. Escolher bem os representantes é um dever. É dever porque o grande responsável pela escolha de maus representantes, não são necessariamente dos políticos, mas de quem os escolheram. Por isso antes de falar mal da política é preciso pensar na formatação do sistema político. Primeiro a mudança cultural. O conhecimento é a chave. Mas como conseguir essa mudança?

A mudança não vai acontecer agora... Nem nas próximas. Nem nas futuras. Porém nem tudo está perdido. Não está perdido se começar agora a partir da Educação. É preciso investir em Educação Política desde os primeiros anos escolares. Os atuais políticos não vão pensar nisso. É preciso exigir, de forma ordeira, ética e legal, mas exigir.

Uma criança bem orientada chama atenção do pai quando ele ultrapassa o sinal vermelho, pois ouviu isso de sua professora e naturalmente se tornará um motorista respeitador das leis. Da mesma forma a criança, se for bem orientada desde o início, se tornará também um bom eleitor e um bom político. Só então a sociedade encontrará a verdadeira paz.

Um voto não é mercadoria de troca, de escambo. Vamos ficar atentos ao “Populismo” e suas falsas promessas (ou promessas mirabolantes). Vamos conhecer a história dos candidatos, sua vida social e familiar. Onde? Nos noticiários, os mais diversos. Nos sites de ONGs que cuidam da transparência política, nos Tribunais Eleitorais e de Contas.

A mudança é para o futuro, mas começa agora!


Imagem: Google.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O QUE REALMENTE DÓI


Quem já teve um mosquitinho no olho? Dói? Não, queima e como queima. Quem já sofreu de crise de cálculo renal? Dói muito.  Uma topada, daquelas que tira a tampa do dedão do pé... Ah! Como dói. Numa partida de futebol, uma bolada nas partes baixas... Nem pensar! Um dedo preso na gaveta da cômoda dá até frio no final da coluna!

Doenças doem... Nem pensar. Mas ela um dia chega! Quem sofre de enxaquecas tem muitas histórias a contar...

Dores, quantas dores atingem a nós pobres e mortais humanos. Dores físicas, localizadas, portanto tratáveis, especialmente com medicamentos.

E as dores do espírito, da alma... Ah! Estas, sim, incomodam demais e o tratamento muito mais difícil, pois não dependem de quem as sofrem, mas de quem as causam.

Precisamos tomar consciência e principalmente cuidado. Podemos causas nas pessoas feridas que ficarão para o resto de suas vidas e doendo muito. A recíproca é verdadeira; podemos ser vítimas, também.

O que mais machuca a nossa alma?

O silêncio é eloquente... Evita acidentes... Mas também tem hora certa para ser colocado em prática. Falar, dar respostas, ser assertivo, falar o necessário, ser verdadeiro, pode até causar uma dor momentânea, mas não machuca para sempre. O silêncio pode ser educativo, construtivo. Mas falar o necessário também é. E elimina angustias, que doem muito.

E o desprezo? Não é fácil não ser notado, passar em branco, não ter oportunidade, voltar para casa da mesma maneira como saiu, sem nada conseguir... É bom nem pensar no que passa pela cabeça de alguém desprezado. A dor é única e não adianta tentar compreendê-la

Uma palavra proferida em hora errada e na entonação inadequada. Um pensamento diz que “...as pessoas são donas do silêncio e escravo das palavras”. É verdade.  Uma palavra dita não tem volta. Não dá para deletar e quando atinge, vai fundo, marcando para sempre. Portanto, cuidado com o "quê" fala e “como” fala.

Traição... Trair a amizade, o amor, a verdade, a confiança... Mais uma dor que demora demais para ser curada, ou impossível. A sensação muito grave de tempo perdido, de ter que recomeçar, de perder dinheiro, de ter que abdicar a um sonho, porque no meio do caminho uma traição aconteceu, meu Deus, como dói...
  
Quem pensa que o contrário do amor é o ódio está enganado. O ódio é o amor levado às últimas consequências. Mas no ódio ainda resta uma pequena porta para o diálogo e a reconciliação. O pior é a indiferença, Esta sim é o oposto ao amor, pois se trata de uma atitude consciente, racional, de vontade própria, de determinação para assim agir. Com a indiferença não há portas para o diálogo. Quando ela se instala o amor, a amizade, a consideração, já morreram. E dói..,

Pobres humanos, como sofrem!


Imagem: Google.


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A ESCALADA PARA O SUCESSO


Hoje, mais do que nunca, procura-se o sucesso a qualquer custo. Assim o exige o Capitalismo Consumista. É a questão do “ter” mais importante do que “ser”, que inocula no consciente coletivo a idéia de que quem “nada tem”, “nada é”. Não pode ir aos Shoppings, aos calçadões, aos mercados. Infelizmente essa é uma realidade que assume características de crueldade.

Não deveria ser assim. É muito mais importante “ser” para depois ‘ter”.

O sucesso não vem aos trancos e barrancos. Pode-se imaginar regras gerais para as estratégias de caminhada rumo.  Dessas estratégias não escapam o estudo, o foco, a descoberta da vocação certa, trabalho, muito trabalho, renúncias, sacrifícios e, principalmente, não se deixar dominar pela onda consumista, como se o mundo fosse acabar na manhã seguinte.

A terra vai acabar um dia, sim. Mas só daqui a muitos bilhões de anos, quando o sol se transformar numa estrela anã (muitas já morreram assim, dizem os astrônomos). Corre-se o risco de a terra ser morta antes, sufocada pelas mãos de seus habitantes humanos, não os bichos.

Não se tem a chave do sucesso. Tem-se, sim, a chave do fracasso: agradar a todos”, dizem alguns. Nem Jesus Cristo, o maior de todos os homens, conseguiu essa proeza.

Muito menos se consegue agradar aquelas pessoas que apenas vivem para condenar, criticar e distorcer, especialmente aqueles que sentados em seus fracassos, não admitem alguém com mais sucesso e realização pessoal e profissional.

Há pessoas que trazem em si o germe da negatividade. A sua presença azeda qualquer ambiente, e detona até pés de pimenta. Porém, não merecem pré-julgamentos. Antes de tudo são humanos e sujeitos a falhas e precisam compreensão e de ajuda.

Quanto ao sucesso, resta a escalada solitária. Ou, na pior das hipóteses, contar com as pessoas certas, escolhidas a dedo. Serão as conselheiras, aquelas que corrigirão os rumos e que segurarão as pontas nos momentos das inevitáveis crises existenciais inerentes à vida.

Não se pode agradar a todos, porém ninguém deve ser desprezado. Simplesmente as pessoas devem ser colocadas no seu devido lugar. Respeito, ética, compreensão, consideração na medida certa, são atitudes que podem agregar força para a escalada.

Dar de ombros às pessoas negativas e às ondas de negatividade que elas geram e acolher o otimismo, o incentivo, a alegria de viver, a amizade verdadeira, também agregam valor à vida e fortalecem a escalada.

No mais, que o sucesso chegue...  E o mais rápido possível!



Imagem: Google.

OSTENTAÇÃO...


Para quê? Para quem?

A palavra ostentação vem do latim “ostentatio”, que na sua origem significa exibição vã ou inútil de alguma coisa ligada à sua pessoa, ao seu “ego”.

Hoje em dia, ostentar significa exibir coisas, bens, qualidades, de forma presunçosa ou orgulhosa ou na tentativa de chamar a atenção para si próprio.

Então, ostentar é mostrar que tem. Para quem? Para que todos o percebam, inclusive os bandidos.

O noticiário da mídia televisiva, escrita ou radiofônica, está recheado de notícias a respeito dos assaltos, dos arrastões, dos roubos, enfim, nos quais os objetivos são a busca exatamente dos objetos ostentados pelas pessoas, principalmente os celulares. Mas não esquecem dos relógios, dos colares, das jóias.

Na mira dos bandidos estão também os carros, as motos e tudo o mais. Para conferir, basta atenção ao noticiário.

Não dá mais para ostentar. É expor vida, correr riscos desnecessários.

Para isso é necessário controlar os impulsos do ego, a vontade de se aparecer, de chamar atenção, o implica em repensar a vida e buscar os meios naturais e mais simples de conviver socialmente. Implica, também, em refrear o instinto consumista, insuflado pelo marketing, pela música, especialmente aquelas que tocam a juventude (funk ostentação, por exemplo), Nada contra a música, mas o cuidado em deixar-se influenciar por ela.

Entre os objetos de ostentação, atualmente, estão os aparelhos celulares, os iphones, os ipads, os tablets. Agora, por exemplo, um novo aparelho desse tipo está sendo anunciado e a notícia que circulou no dia 15 de Setembro, anteontem, deu conta de que 6 milhões de aparelhos já estão vendidos no Brasil, antes mesmo de chegarem às lojas.  Festa para os bandidos.

O uso desses equipamentos deve ser feito com muito cuidado. Não ostentá-los. As pessoas prudentes usam nas ruas aqueles equipamentos mais simples, suficientes para ligar e receber ligações. Os equipamentos mais sofisticados, mais caros, mais bonitos, devem ser usados em casa, longe da vista das pessoas. É uma questão de segurança, de vida e de morte.

Chamar a atenção, tornar-se o centro das relações, se consegue por outros caminhos: simpatia, empatia, alegria, gestos de cortesia, de generosidade, simplicidade, solidariedade, aspectos que nada tem a ver com a ostentação



Imagem: Google.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

PARA ALÉM DO DESEJO


“Os que se amam querem-se para além do corpo. São cúmplices da alma. Ele descobre nela o mistério e a importância de ser mulher, porque ela ou é, ou será mãe dos seus filhos. Ela descobre nele o mistério e a importância de ser homem, porque ele será ou é o pai dos seus filhos. O que os move não é apenas o prazer do sexo: é o prazer da pertença, da presença e da continuidade. Também há libido e o desejo carnal, mas há algo mais que transcende ao corpo, a libido e ao desejo (...)”.
Pe. Zezinho

Texto forte e corajoso, pois é complicado e chato falar de amor hoje em dia. Soa coisa ultrapassada, arcaica, assunto de velhos saudosistas.  O amor, hoje, é diferente, pois os relacionamentos são mais superficiais, voláteis, as famílias não são mais as mesmas...

O paradigma para quem nasceu dessa nova família é a banalização, a fragilidade dos vínculos, o amor verdadeiro em segundo plano. Mas no fundo há um saudosismo enrustido quando se fala ou se pensa no verdadeiro sentido do amor. Mesmo não o conhecendo, as pessoas sentem um vazio na alma, uma saudade de alguma coisa que só se explica quando se vive de fato o verdadeiro amor.

Como disse Pe. Zezinho, o verdadeiro amor “vai para além da genitália”. O sexo puro e simples é consumo,  é momentâneo, é satisfação de desejos. O verdadeiro amor também se compõe de desejo e sexo, mas como conseqüência, como correspondência, como complemento, como corolário, como consumação, como glorificação. O sexo é momento que termina, o amor é continuidade, consistência, cuidado, construção, dedicação, permanência, vontade e alegria de estar junto, como siameses, unidos pelo coração.

O verdadeiro amor impacta diretamente no diálogo, pois os gestos e as atitudes falam por si mesmos. As falas partem do coração, por isso são suaves, ao mesmo tempo eloqüentes. Quando se fala pelo coração não é necessário gritar. Só se grita quando o coração está longe. É a surdez mais grave e que leva à indiferença, o mais perigoso antídoto do amor.

Os amantes de verdade se compreendem quando se olham. À menor distância sentem saudade e ao se reencontrarem a alegria toma conta de seus seres. O abraço é sincero e o cuidado é mútuo. O respeito e a liberdade são plenos. Interessam-se um pelo outro, especialmente pela felicidade do outro. Utopia? Pertence a outra época? Nem tanto...

O amor verdadeiro extrapola o desejo. É um processo de doação, de construção, de colocar-se nas mãos da pessoa amada para que ela cuide. O amor verdadeiro rima com cuidados mútuos. Só o encontra quem está de coração aberto. E o sexo? Ah! Sim... Este é apenas um detalhe.

Valeu, Pe. Zezinho (José Fernandes de Oliveira, SCJ)


Imagem: Google.


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

AMBIÇÃO


“Veni, vidi, vici”... (Vim, vi, venci) Frase histórica de Julio César, quando ainda era General Romano, no ano de 47 a.C., após a Batalha de Zela, durante a guerra civil que acontecia em Roma naquela época. Foi um forte recado aos senadores romanos dando conta que ele realmente não estava brincado com sua ambição de dominar Roma e se transformar num dos maiores imperadores da História, levando suas fronteiras para terras distantes, escravizando os povos e transferindo suas riquezas para a sua capital. Ambição, pura ambição...

A história registra os grandes heróis nacionais, cantados em prosa e versos como heróis de seus povos. Porém um estudo mais detalhado de suas biografias revelam ações e atitudes marcadas pela a ambição desmedida e maléfica para um grande número de pessoas.

A ambição pode ser definida como o desejo intenso e desmedido pelo poder, pelo dinheiro, por bens materiais, tendo como característica a obstinação intensa para conseguir esses objetivos.

A ambição é que move a vida. Ela, na medida certa, pautada pela ética, é necessária, pois do contrário, uma pessoa sem o mínimo de ambição, não luta, não estuda, não trabalha, não corre atrás de pelo menos a uma sobrevivência digna.

Entretanto, não raras vezes a ambição, como dissemos, é desmedida, isto é, extrapola a ética, a moral e desrespeita os valores humanos. Uns, na busca cega pelos objetivos, não se importam com as pessoas, isto é, para pisam nelas, as fazem sofrer. É o sucesso, pelo sucesso e pronto! A ambição cega e mata.

Nas grandes corporações é muito comum aprendizes usarem as relações com empregados antigos para transformar os conhecimentos teóricos obtidos nas escolas profissionalizantes ou técnicas, em conhecimentos práticos. Logo em seguida “mexem os pausinhos” para galgar postos hierárquicos e depois simplesmente “ferram” aqueles que os ensinaram e os ajudaram. Mais uma vez a ambição falando mais alto.

E assim também pela vida afora. Sociedades de negócio que são formadas e um dos sócios engole o outro e elas acabam com um por cima e o outro por baixo (quando não, na miséria!) Assim ocorre com amizades interesseiras que terminam quando os “interesses” são obtidos. Muitos ficam no prejuízo.

A ambição azeda, isto é, prejudica, atrapalha, destrói, todos os relacionamentos. E faz a diferença: glórias de uns para a desgraça de outros. Vale mesmo o equilíbrio.



Imagem: Google.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

ENVELHECER FELIZ


Ficamos tristes com um comentário dizendo que “ser velho é constrangedor”. Não é não.

Pode até haver um fundo de verdade nesse comentário. Por aqui foi preciso um estatuto para que o velho seja realmente respeitado. Esse estatuto foi apenas um passo. Concordamos que há muito o quê fazer, especialmente no íntimo das pessoas. Muitos ainda não perceberam que envelhecer é uma fase da vida pela qual todos vão passar.

A fonte da juventude que povoou as mentes das pessoas ao longo da história ainda não foi encontrada.

Porém, não resta dúvida de que é preciso preparo em todos os sentidos a chegada do envelhecimento. Saúde, estabilidade financeira, companhia, aspectos físicos e estéticos, o definhamento, são questões que devem ser levadas a sério.

Dessas questões tem muita gente cuidando. Queremos contribuir com uma motivação para um envelhecimento feliz, apesar dos problemas a ele inerentes e que deles não há como fugir.

Envelhecer feliz é  renovar-se constantemente, atualizar-se (inclusive com a internet), manter a mente ocupada, ter projetos de futuro, ainda que mínimos, e lutar por eles...

Envelhecer feliz é ter certeza da finitude e não se entristecer com ela e, sim, fazer dela uma força para viver intensamente todos os momentos, um de cada vez...

Envelhecer feliz é aceitar a debilidade do físico e perceber que as rugas são sinais de batalhas vencidas e fontes de ensinamento para os mais jovens.

Envelhecer feliz é sorrir para a juventude. Jamais querer ser como ela e aceitar os arroubos de superioridade, tão característicos dessa fase da vida.

Envelhecer feliz é permanecer proativo quanto aos direitos e deveres e não aceitar humilhações e achaques, tão comuns e constantes nessa sociedade consumista, arrogante, hedonista e egoísta na qual estamos todos inseridos.

Envelhecer feliz é reservar um pouquinho mais paciência com as crianças, que em sua inocência é muito mais receptível a um sorriso, um carinho, uma história da carochinha, a um colo e a um abraço.

Enfim, envelhecer feliz é dar de ombros aos constrangimentos que a própria vida nos proporciona, dos quais, mesmo na juventude, não estamos livres.


Imagem: Google.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRER(?)


A esperança é o grande motor da vida... Enquanto não se chega ao fim. Viver é contar tempos a menos em direção da nossa mais importante realidade: a finitude.

O relógio na parede, daqueles antigos, com o seu tic-tac mostra a evolução das horas como se dissesse “mais um”, “mais um”, “mais um”... Mas na verdade ele está simplesmente indicando “menos um”, “menos um”, “menos um”...

Esse é um dos grandes paradoxos da vida: viver para um dia morrer... E ainda, fazê-la valer a pena. Aí é que entra a esperança.

Há um sentido para a vida. Ela não acontece do nada... Mas esse é assunto para os místicos e filósofos.

O que interessa para nós nesse momento é refletir no sentido de que se a vida não acontece do nada e há um sentido para estarmos nela, o que nos resta é fazer a nossa parte. Como? Fazendo de fato acontecer, construindo uma história, sendo importante, se não para a sociedade, pelo menos para alguém.

O que não pode é, como já repetimos neste blog, nascer anônimo, viver anônimo e morrer anônimo. Isso, no mínimo é um desperdício de energia, sem falar nos sonhos e esperanças de quem nos gerou.

Esperanças... Nossos pais depositam esperanças em nós. E, nós, fazendo uso no nosso livre-arbítrio, construímos as nossas. E elas nos movem. Construímos sonhos, objetivos, metas, visualizamos nossos paraísos. Enfim, queremos ser gente, superar nossas dificuldades, vencer nossos desafios, alcançar nossa autorrealização.

A busca dessa realização pode exigir de nós constantes recomeços, para o que é necessário jamais perder as esperanças e buscar forças onde for possível, respeitando a ética, algo essencial nesse contexto.

Assim, a esperança é, mesmo, a última que morre. Podem morrer os sonhos, os projetos, os desejos... Mas esperança só finda no momento fatal, quando a vida termina.

A esperança é como a primavera: não importa o que aconteça, as tribulações, as intempéries, as intempestividades, ela sempre volta e dá sua contribuição para o embelezamento da natureza. E natureza rima com vida.

Há uma frase, atribuída a Charles Chaplin: “O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar”. Amor e esperança caminham juntos, de braços dados.  Se precisamos de um sentido para a vida, ele pode ser encontrado no amor. O amor nos realiza e nos diferencia como seres humanos, pois é um sentimento. No mundo animal é instinto. 

E será que existe sustento maior para a esperança do que o amor?



Imagem: Google.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A FORÇA QUE VEM DE DENTRO


São muitas as histórias de pessoas que superaram obstáculos que à primeira vista eram humanamente impossíveis. Cada um tem a sua em particular, portanto, são todos vencedores.

Os canais televisivos especializados em vida selvagem mostram a luta pela vida entre os animais, na famosa lei do mais forte ou do mais esperto.  Há casos que a mãe luta desesperadamente para dominar uma presa e levá-la aos filhotes e no fim da história ficar sem nada e permanecer, ela, a mãe com fome e ainda encontrar forças para caçar novamente.

Situações como essa não acontecem apenas nas savanas africanas. Acontecem também na vida humana e são tantas as mães que apenas assistem os filhos a se alimentarem do pouco que têm e ficar sem nada.

De onde vem tanta força, tamanha energia? Explicar é difícil. Muitos transferem a origem para o sobrenatur4al, para o místico, para a religiosidade, enfim. E a fé movendo montanhas, ou superando dificuldades.

De qualquer maneira, a força vem de dentro, do espírito, da alma. E muitas pessoas nem sabem que tem, simplesmente usam... E vencem.

Muitas pessoas sofrem em silêncio e lamentam o dia amanhecer, pois sabem que mais uma grande luta vai começar, a da sobrevivência. Caminhadas para destino algum. Trabalhos, cujos esforços estão além das forças, desde que no fim do dia seja possível levar para casa algo para o dia seguinte. Vencida a tarefa, o olhar mistura alegria (por ter conseguido) e incredulidade pela sua grandiosidade e esforços despendidos.  Já em casa o que mais se deseja é dormir, quando consegue.

... É a força que vem de dentro.

É a força que vem da alma, da fé, do desejo e do instinto de sobrevivência, uma força essencialmente humana, invisível, desconhecida de muitos. Quem cara não vê coração. Por detrás de um rosto alegre, de um sorriso pronto, pode estar uma alma triste, angustiada, desesperançada, que sobrevive, mesmo, pela força que vem de dentro.

E o que dizer daquela mãe, cujo marido trabalhou muito, teve muitos filhos e ela deu conta de tudo, dos filhos, da casa, do marido e hoje, já no fim da vida só tem lembranças positivas, é feliz e faz das dificuldades vividas um exemplo para as novas gerações. As forças exauridas na luta diária, foram recuperadas pela alegria de viver sua vocação de mãe e de a esposa.. Já nem se lembra das renúncias que fez ao longo da vida.

Os exemplos são muitos... As histórias emocionantes,,,

E a postagem de hoje é uma homenagem a esses heróis anônimos, pequenos nos tamanhos e gigantes na coragem e na vontade de viver.



Imagem: Google.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O QUE A COPA DO MUNDO DE 2014 NOS ENSINA


A Copa do Mundo/FIFA 2014, realizada no Brasil vai ficando no tempo...

Hoje a seleção brasileira faz hoje a sua segunda partida da chamada “nova era”, a era Dunga. Parece que tudo vai continuar na mesma, isto é a preparação para a próxima copa feita com amistosos inexpressivos que nada comprovam, nada preparam.

O que vai mesmo colocar em cheque essa “nova era” serão as competições oficiais: Copa América e Eliminatórias Sul-americanas para a Copa de 2018, na Rússia.

Mas a Copa de 2014 não deve ser esquecida, pois sua realização e seus resultados têm muito a nos ensinar.

Todos nós queremos esquecer o fiasco do time. As autoridades, mais do que depressa também querem esquecer as promessas não cumpridas, pois agora é tempo eleição e as prioridades são outras.

Em termos de Brasil há lições positivas e negativas a considerar.

Em termos positivos temos aquelas nos que remetem à capacidade de realização das autoridades brasileiras. Está certo que os dirigentes da FIFA fizeram marcação cerrada, não dando chances a vacilos, especificamente àquilo que era necessário para que o evento acontecesse.

Outro destaque positivo foi a derrota do pessimismo devido às manifestações de rua que tomaram conta do país um ano antes. Nada aconteceu de mais grave.

Mais uma lição positiva: se o país foi capaz de prover com fundos (dinheiro em quantidade muito elevada), para a realização desse grande, histórico e único evento, também o é para suprir as grandes demandas da sociedade: saúde, educação, infraestrutura e tantas outras.

Mas, não apenas a seleção brasileira que fracassou na copa. Espanha, Portugal e Uruguai, foram exemplos gritantes de que faltaram planejamento, espírito de equipe, preparação técnica e física. Além da dependência de uns poucos jogadores tidos como diferenciados.

Trazendo para a vida humana, podemos perceber verdades que tantas vezes são negligenciadas por equipes de trabalho, empresas e pessoas. Tais verdades se aplicam também ao futebol dentro e fora do campo.

Vivemos num mundo dominado pela ideologia capitalista, onde o consumo é a sua grande característica. Nesse contexto o consumo é mais, é essencial, como essencial  é a concorrência em todos os níveis da vida humana e empresarial.

A Copa do Mundo é uma competição em que um só ganha e o que ela nos ensina é que jamais devemos menosprezar o adversário (ou o concorrente). O Brasil para ganhar do Chile... O Uruguai levou uma semi-goleada da Costa Rica.

Planejamento estratégico e a longo prazo... Visão holística (ou de 360º)... Levar em conta todas as possibilidades...  Oxigenar a equipe (o que a Espanha não fez...). Fazer o marketing pessoal, o relacionamento, pautado pela iniciativa e pela ética (o que a Alemanha fez).

Jamais perder o “fair play”, isto é, a boa educação, o respeito, a ética, a bondade... E os brasileiros pisaram literalmente na bola quando vaiaram o Hino Nacional Chileno, cantado à capela, e desrespeitaram a presidenta Dilma, máxima autoridade do país... Isso tudo pegou muito mal.

O que a Copa de 2014 nos ensina pode, sim, melhorar em muito a vida de todos nós. É positivo, mas quando?



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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

TRADIÇÕES


A palavra “tradição” vem do latim “traditio”, que significa transmissão, passagem de algo que começou no passado para o presente. É um habito que se enraizou na sociedade ao longo da história e ainda influencia a vida das pessoas na atualidade.

As tradições, portanto, são patrimônios das sociedades, das pessoas, das cidades, dos países. São costumes, festas, cultura, procedimentos, religiosidade, maneiras de ser, pensar e agir. Esse é o lado bom da questão. Mas há o outro lado a considerar e que não pode ser tão bom assim.

As tradições, especialmente as comportamentais, podem se transformar em entraves, ou travas, que obscurecem a visão, impedindo as pessoas de verem as transformações que vem ocorrendo no mundo, na vida, na sociedade, na história.

As tradições têm o seu valor, sim, como cultura... Nunca levada ao extremo a ponto de tolher as liberdades, limitar os potenciais humanos. Exemplificando: Manter-se aferrado às tradições podem limitar o acesso às coisas boas da vida moderna. Um horário que não deve ser perdido por ser tradição, um ritual inflexível.

Não estamos falando em exageros. Valores morais, éticos e humanos, vindos da tradição histórica precisam e devem ser mantidos. Liberdade não se confunde com libertinagem. Nada de banalização. Não de pode negligenciar tais valores que formam a base de sustentação da vida     social, tais como família, ética, respeito humano, solidariedade, altruísmo, empreendedorismo, religiosidade, amizade verdadeira...

Pessoas tradicionalistas têm dificuldades de desenvolver diálogos modernos, abertos. Essas pessoas, mesmo sem intenção específica, correm o risco de se tornarem preconceituosas.

O que as tradições não devem tolher é a liberdade de ir e vir e especialmente a liberdade de ser e estar onde as pessoas se sentem bem e acolhidas. O que deve valer é a disposição interior para ser, estar e construir ambientes reconfortantes, amorosos, alegres, promotores da paz.

Uma realidade inquestionável da modernidade é a valorização da liberdade humana, a questão do “diferente”. Muitas pessoas aferradas às tradições têm dificuldades de aceitar a homossexualidade, que muitas sociedades já consideram como direito em suas legislações e não há como negar a sua existência. Uma coisa é não aceitar. Outra é não respeitar, não compreender e, pior, combater, posicionando-se contra a lei. È nesse sentido que as tradições têm seu lado negativo.

Insistimos no equilíbrio... Nada de exageros... Nada de banalizações...



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