quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRER(?)


A esperança é o grande motor da vida... Enquanto não se chega ao fim. Viver é contar tempos a menos em direção da nossa mais importante realidade: a finitude.

O relógio na parede, daqueles antigos, com o seu tic-tac mostra a evolução das horas como se dissesse “mais um”, “mais um”, “mais um”... Mas na verdade ele está simplesmente indicando “menos um”, “menos um”, “menos um”...

Esse é um dos grandes paradoxos da vida: viver para um dia morrer... E ainda, fazê-la valer a pena. Aí é que entra a esperança.

Há um sentido para a vida. Ela não acontece do nada... Mas esse é assunto para os místicos e filósofos.

O que interessa para nós nesse momento é refletir no sentido de que se a vida não acontece do nada e há um sentido para estarmos nela, o que nos resta é fazer a nossa parte. Como? Fazendo de fato acontecer, construindo uma história, sendo importante, se não para a sociedade, pelo menos para alguém.

O que não pode é, como já repetimos neste blog, nascer anônimo, viver anônimo e morrer anônimo. Isso, no mínimo é um desperdício de energia, sem falar nos sonhos e esperanças de quem nos gerou.

Esperanças... Nossos pais depositam esperanças em nós. E, nós, fazendo uso no nosso livre-arbítrio, construímos as nossas. E elas nos movem. Construímos sonhos, objetivos, metas, visualizamos nossos paraísos. Enfim, queremos ser gente, superar nossas dificuldades, vencer nossos desafios, alcançar nossa autorrealização.

A busca dessa realização pode exigir de nós constantes recomeços, para o que é necessário jamais perder as esperanças e buscar forças onde for possível, respeitando a ética, algo essencial nesse contexto.

Assim, a esperança é, mesmo, a última que morre. Podem morrer os sonhos, os projetos, os desejos... Mas esperança só finda no momento fatal, quando a vida termina.

A esperança é como a primavera: não importa o que aconteça, as tribulações, as intempéries, as intempestividades, ela sempre volta e dá sua contribuição para o embelezamento da natureza. E natureza rima com vida.

Há uma frase, atribuída a Charles Chaplin: “O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar”. Amor e esperança caminham juntos, de braços dados.  Se precisamos de um sentido para a vida, ele pode ser encontrado no amor. O amor nos realiza e nos diferencia como seres humanos, pois é um sentimento. No mundo animal é instinto. 

E será que existe sustento maior para a esperança do que o amor?



Imagem: Google.

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