quarta-feira, 3 de setembro de 2014

LIBERDADE PARA CRER OU NÃO CRER


O fundamento da liberdade é agir socialmente nos limites da lei. É jargão popular que “A liberdade de um termina quando começa a do próximo”. O sentimento maior de liberdade é o livre pensar, especialmente quando se está só. Assim é também com a liberdade de confissão religiosa, consagrada na maioria das Constituições mundo afora. Isso quer dizer que podemos confessar e seguir a religião que acharmos conveniente, que condiz com a nossa formação geral.

As pessoas crêem e as pessoas não crêem. São atéias, são antideistas. Estas são aquelas que procuram combater a existência de Deus, combater as crenças mais naturais das pessoas.

O nosso personagem (fictício) apenas não acreditava em Deus. Estudou Administração e entrou em contato com as grandes correntes filosóficas. Depois de formado, especializou-se em Estudos Estratégicos, através dos quais procurava antever o futuro, especialmente a evolução dos mercados consumidores, tecnológicos e da gestão das empresas. Estudou tanto que acabou se tornando um importante palestrante, especialmente aquilo que nas empresas se chama de cursos “in company”, isto é no interior das empresas, especialmente para os executivos.

A sua formação, os seus estudos, os seus contos com os grandes pensadores o levaram à crença de Deus não cabe na vida do ser humano. E pior, muitas vezes atrapalha, seguindo o pensamento de Marx, de que a “Religião é o ópio do povo”. Marx dizia que as pessoas religiosas não lutam, pois esperam a recompensa na vida eterna. Com elas a revolução proletária não aconteceria.

Então, o nosso amigo foi convidado a fazer uma palestra numa instituição de caridade, voltada ao atendimento da infância. Enquanto aguardava o momento da palestra e a chegada dos ouvintes passou a perceber o trabalho dos voluntários da instituição.

Um grupo dava banho, outro passeava com delas pelo jardim. Enfermeiras cuidavam das feridas... Alguns faziam as crianças comerem, davam mamadeiras....  Outros, ainda, recebiam e guardavam as doações. E, mais importante, eram felizes e faziam as crianças felizes...

Um pequeno grupo estava na gruta, toda enfeitada com samambaias, avencas e orquídeas e outras flores e plantas. Rezavam e cantavam alegremente.

As pessoas já chegaram e o salão quase lotado. O som estava sendo testado. O nosso personagem pensa na palestra. Na sua fala, como sempre fazia, atirava farpas nas pessoas que priorizavam Deus em suas vidas. Porém, algo estava acontecendo... Ele estava inquieto. Na sua cabeça o trabalho alegre dos voluntários e a felicidade das crianças...

Falou sobre a “Gestão no Futuro: na vida pessoal e nas empresas”. Nesse dia, Deus não entrou na pauta. Permaneceu inquieto... Só pensava na alegria das pessoas. Naquela noite o sono demorou a chegar, mas dormiu Acordou cansado e com muitas lembranças dos pesadelos e das imagens do dia anterior.

Já não era a mesma pessoa... (Isso pode ser uma história verdadeira)



Imagem: Google

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