terça-feira, 9 de setembro de 2014

O QUE A COPA DO MUNDO DE 2014 NOS ENSINA


A Copa do Mundo/FIFA 2014, realizada no Brasil vai ficando no tempo...

Hoje a seleção brasileira faz hoje a sua segunda partida da chamada “nova era”, a era Dunga. Parece que tudo vai continuar na mesma, isto é a preparação para a próxima copa feita com amistosos inexpressivos que nada comprovam, nada preparam.

O que vai mesmo colocar em cheque essa “nova era” serão as competições oficiais: Copa América e Eliminatórias Sul-americanas para a Copa de 2018, na Rússia.

Mas a Copa de 2014 não deve ser esquecida, pois sua realização e seus resultados têm muito a nos ensinar.

Todos nós queremos esquecer o fiasco do time. As autoridades, mais do que depressa também querem esquecer as promessas não cumpridas, pois agora é tempo eleição e as prioridades são outras.

Em termos de Brasil há lições positivas e negativas a considerar.

Em termos positivos temos aquelas nos que remetem à capacidade de realização das autoridades brasileiras. Está certo que os dirigentes da FIFA fizeram marcação cerrada, não dando chances a vacilos, especificamente àquilo que era necessário para que o evento acontecesse.

Outro destaque positivo foi a derrota do pessimismo devido às manifestações de rua que tomaram conta do país um ano antes. Nada aconteceu de mais grave.

Mais uma lição positiva: se o país foi capaz de prover com fundos (dinheiro em quantidade muito elevada), para a realização desse grande, histórico e único evento, também o é para suprir as grandes demandas da sociedade: saúde, educação, infraestrutura e tantas outras.

Mas, não apenas a seleção brasileira que fracassou na copa. Espanha, Portugal e Uruguai, foram exemplos gritantes de que faltaram planejamento, espírito de equipe, preparação técnica e física. Além da dependência de uns poucos jogadores tidos como diferenciados.

Trazendo para a vida humana, podemos perceber verdades que tantas vezes são negligenciadas por equipes de trabalho, empresas e pessoas. Tais verdades se aplicam também ao futebol dentro e fora do campo.

Vivemos num mundo dominado pela ideologia capitalista, onde o consumo é a sua grande característica. Nesse contexto o consumo é mais, é essencial, como essencial  é a concorrência em todos os níveis da vida humana e empresarial.

A Copa do Mundo é uma competição em que um só ganha e o que ela nos ensina é que jamais devemos menosprezar o adversário (ou o concorrente). O Brasil para ganhar do Chile... O Uruguai levou uma semi-goleada da Costa Rica.

Planejamento estratégico e a longo prazo... Visão holística (ou de 360º)... Levar em conta todas as possibilidades...  Oxigenar a equipe (o que a Espanha não fez...). Fazer o marketing pessoal, o relacionamento, pautado pela iniciativa e pela ética (o que a Alemanha fez).

Jamais perder o “fair play”, isto é, a boa educação, o respeito, a ética, a bondade... E os brasileiros pisaram literalmente na bola quando vaiaram o Hino Nacional Chileno, cantado à capela, e desrespeitaram a presidenta Dilma, máxima autoridade do país... Isso tudo pegou muito mal.

O que a Copa de 2014 nos ensina pode, sim, melhorar em muito a vida de todos nós. É positivo, mas quando?



Imagem: Google

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