sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O QUE REALMENTE DÓI


Quem já teve um mosquitinho no olho? Dói? Não, queima e como queima. Quem já sofreu de crise de cálculo renal? Dói muito.  Uma topada, daquelas que tira a tampa do dedão do pé... Ah! Como dói. Numa partida de futebol, uma bolada nas partes baixas... Nem pensar! Um dedo preso na gaveta da cômoda dá até frio no final da coluna!

Doenças doem... Nem pensar. Mas ela um dia chega! Quem sofre de enxaquecas tem muitas histórias a contar...

Dores, quantas dores atingem a nós pobres e mortais humanos. Dores físicas, localizadas, portanto tratáveis, especialmente com medicamentos.

E as dores do espírito, da alma... Ah! Estas, sim, incomodam demais e o tratamento muito mais difícil, pois não dependem de quem as sofrem, mas de quem as causam.

Precisamos tomar consciência e principalmente cuidado. Podemos causas nas pessoas feridas que ficarão para o resto de suas vidas e doendo muito. A recíproca é verdadeira; podemos ser vítimas, também.

O que mais machuca a nossa alma?

O silêncio é eloquente... Evita acidentes... Mas também tem hora certa para ser colocado em prática. Falar, dar respostas, ser assertivo, falar o necessário, ser verdadeiro, pode até causar uma dor momentânea, mas não machuca para sempre. O silêncio pode ser educativo, construtivo. Mas falar o necessário também é. E elimina angustias, que doem muito.

E o desprezo? Não é fácil não ser notado, passar em branco, não ter oportunidade, voltar para casa da mesma maneira como saiu, sem nada conseguir... É bom nem pensar no que passa pela cabeça de alguém desprezado. A dor é única e não adianta tentar compreendê-la

Uma palavra proferida em hora errada e na entonação inadequada. Um pensamento diz que “...as pessoas são donas do silêncio e escravo das palavras”. É verdade.  Uma palavra dita não tem volta. Não dá para deletar e quando atinge, vai fundo, marcando para sempre. Portanto, cuidado com o "quê" fala e “como” fala.

Traição... Trair a amizade, o amor, a verdade, a confiança... Mais uma dor que demora demais para ser curada, ou impossível. A sensação muito grave de tempo perdido, de ter que recomeçar, de perder dinheiro, de ter que abdicar a um sonho, porque no meio do caminho uma traição aconteceu, meu Deus, como dói...
  
Quem pensa que o contrário do amor é o ódio está enganado. O ódio é o amor levado às últimas consequências. Mas no ódio ainda resta uma pequena porta para o diálogo e a reconciliação. O pior é a indiferença, Esta sim é o oposto ao amor, pois se trata de uma atitude consciente, racional, de vontade própria, de determinação para assim agir. Com a indiferença não há portas para o diálogo. Quando ela se instala o amor, a amizade, a consideração, já morreram. E dói..,

Pobres humanos, como sofrem!


Imagem: Google.


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