sexta-feira, 26 de setembro de 2014

AS CORRENTES QUE NOS AMARRAM


Na época em que era permitida a presença de animais em circos circulava um comentário dando de que “se os elefantes tivessem consciência da força que tinha (ou tem) o circo não ficava em pé”.

O elefante do circo estava condicionado a viver amarrado, enquanto não estava atuando. Os seus movimentos de vai-e-vem não chegavam a esticar a corda e forçar a estaca que estava fincada no chão a us 30 centímetros no máximo. A corrente prendia o elefante era o condicionamento, portanto, psicológica.

Assim também é no reino humano. As correntes que nos amarram são psicológicas, condicionamentos, e correntes físicas. São correntes forjadas no decorrer da vida, pelas dificuldades, pelas frustrações, pelas decepções, pelas derrotas, enfim.

Muitas vezes escolhemos amigos, parceiros, sócios, companheiros (pseudos), os quais insistem tanto, tanto, em falar na nossa cabeça a respeito de nossas falhas, de nossas incapacidades, que elas acabam se tornando verdades... Nelas passamos a acreditar e com isso deixamos de lutar, de ir em frente, de buscar os nossos sonhos.

Quando não somos capazes de mudar uma situação deparamo-nos diante do desafio de mudarmos a nós a nós mesmos”, disse o pensador Viktor Frankl. Ou devemos ser como a água que segue o seu destino contornando as pedras que encontram pelo caminho.

Permanecemos presos às correntes psicológicas enquanto não descobrimos as nossas próprias forças, as nossas próprias possibilidades e potencialidades. Para que isso aconteça é necessário, em primeiro lugar o autoconhecimento, isto é, a tomada de consciência de como somos como pessoas, a nossa história, os nossos valores, a nossa cultura, as nossas crenças, as nossas premissas. A partir daí, teremos condições de avaliar o que realmente nos amarra, nos prende.

Assim fortalecidos, não importam o que falam, as atitudes de dificuldade que visam impedir a nossa caminhada, iremos sempre em frente.

Agora, é importante saber, também (e aí vem a segunda parte) se é hora de solicitar ajuda externa e profissional. Um psicólogo, um sacerdote, um pastor, um professor, um advogado, pessoas com formação essencialmente humana, com certeza serão capazes de nos orientar.

As nossas necessidades, a nossa tomada de consciência iluminará a nossa razão para escolher as pessoas ideais para conversarmos. Nesse aspecto caso os identifiquemos, os verdadeiros amigos também podem nos orientar com segurança,

O que não podemos é continuarmos presos a correntes que não existem e o tempo passando e a gente perdendo o trem da história... Da nossa história.



Imagem: Google.

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