Todos nós buscamos
viver unicamente para sermos felizes. Nem poderia ser diferente.
Entretanto, como temos
insistido aqui, é impossível sermos felizes sozinhos. Precisamos de alguém,
precisamos do outro. É o princípio fundamental da alteridade. Precisamos de
parceiros, de prestadores de serviços, de médicos, de advogados, de garis, de
professores, de pais, namorados e namoradas, esposas e esposos. Ninguém é uma
ilha, ninguém é ermitão por muito tempo.
Há caminhos, muitos
caminhos para o encontro da felicidade. A vida é uma linha reta que une o
nascimento à morte e exige que esse intervalo seja vivido de forma que ela
valha a pena e tenha sentido. Ninguém tem a vocação para nascer anônimo,
crescer anônimo, viver anônimo e morrer anônimo. Nesse intervalo é preciso
fazer acontecer, construir uma história e fazer a diferença, pelo menos para
alguém.
Os caminhos para a
felicidade são incertos e sofrem nuances...
Para ser feliz é
preciso estar pronto para viver a vida plenamente... Amar a si mesmo em primeiro
lugar e as pessoas que nos querem bem... Projetar a nossa felicidade nos outros,
isto é, não ser egoísta, nem arrogante.
Não viver nem darmos
cabimento a falsas promessas, vivermos, isto sim, da realidade e da verdade,
que pode doer muito no primeiro instante, mas resolve os problemas para o resto
da vida.
Cultivarmos uma visão
positiva das coisas, uma abertura para o belo, para arte, para a música, para a
arte, para a emoção. Assim é possível cantar, dançar, assobiar, apresentar
sempre um rosto feliz, com sorriso pronto, irradiando e iluminando os caminhos
das pessoas de nossos relacionamentos.
A autoconfiança é
essencial, para ser o porto seguro para as demais pessoas. Vivemos numa
sociedade eminentemente política, apesar dos pesares. Assim, todos nós
precisamos sonhar com um mundo melhor e lutar por isso... A felicidade é, também, sonhar um sonho
coletivo.
A felicidade não
dispensa a ética que leva ao respeito mútuo, especialmente aos valores humanos
essenciais e nem a religiosidade que nos faz altruístas, caridosos, solidários,
participativos.
Porém, a felicidade
não está na sofisticação, na ostentação, nas coisas complicadas. A felicidade
mora nas coisas simples, nas pessoas simples, nos ambientes simples. Pode até
demorar a gente compreender isso e gerar ansiedade. Mas chega a hora e a
felicidade acontece... Aí, então tudo passa ser alegria plena.
Imagem: Google.