A esperança é o grande
motor da vida... Enquanto não se chega ao fim. Viver é contar tempos a menos em
direção da nossa mais importante realidade: a finitude.
O relógio na parede,
daqueles antigos, com o seu tic-tac mostra a evolução das horas como se
dissesse “mais um”, “mais um”, “mais
um”... Mas na verdade ele está simplesmente indicando “menos um”, “menos um”, “menos um”...
Esse é um dos grandes
paradoxos da vida: viver para um dia morrer... E ainda, fazê-la valer a pena.
Aí é que entra a esperança.
Há um sentido para a
vida. Ela não acontece do nada... Mas esse é assunto para os místicos e
filósofos.
O que interessa para
nós nesse momento é refletir no sentido de que se a vida não acontece do nada e
há um sentido para estarmos nela, o que nos resta é fazer a nossa parte. Como?
Fazendo de fato acontecer, construindo uma história, sendo importante, se não
para a sociedade, pelo menos para alguém.
O que não pode é, como
já repetimos neste blog, nascer anônimo, viver anônimo e morrer anônimo. Isso,
no mínimo é um desperdício de energia, sem falar nos sonhos e esperanças de
quem nos gerou.
Esperanças... Nossos
pais depositam esperanças em nós. E, nós, fazendo uso no nosso livre-arbítrio,
construímos as nossas. E elas nos movem. Construímos sonhos, objetivos, metas,
visualizamos nossos paraísos. Enfim, queremos ser gente, superar nossas
dificuldades, vencer nossos desafios, alcançar nossa autorrealização.
A busca dessa
realização pode exigir de nós constantes recomeços, para o que é necessário
jamais perder as esperanças e buscar forças onde for possível, respeitando a
ética, algo essencial nesse contexto.
Assim, a esperança é,
mesmo, a última que morre. Podem morrer os sonhos, os projetos, os desejos...
Mas esperança só finda no momento fatal, quando a vida termina.
A esperança é como a
primavera: não importa o que aconteça, as tribulações, as intempéries, as
intempestividades, ela sempre volta e dá sua contribuição para o embelezamento
da natureza. E natureza rima com vida.
Há uma frase,
atribuída a Charles Chaplin: “O homem não
morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar”. Amor e
esperança caminham juntos, de braços dados.
Se precisamos de um sentido para a vida, ele pode ser encontrado no
amor. O amor nos realiza e nos diferencia como seres humanos, pois é um
sentimento. No mundo animal é instinto.
E será que existe
sustento maior para a esperança do que o amor?
Imagem: Google.
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