A Copa do Mundo/FIFA
2014, realizada no Brasil vai ficando no tempo...
Hoje a seleção
brasileira faz hoje a sua segunda partida da chamada “nova era”, a era Dunga.
Parece que tudo vai continuar na mesma, isto é a preparação para a próxima copa
feita com amistosos inexpressivos que nada comprovam, nada preparam.
O que vai mesmo
colocar em cheque essa “nova era” serão as competições oficiais: Copa América e
Eliminatórias Sul-americanas para a Copa de 2018, na Rússia.
Mas a Copa de 2014 não
deve ser esquecida, pois sua realização e seus resultados têm muito a nos
ensinar.
Todos nós queremos esquecer
o fiasco do time. As autoridades, mais do que depressa também querem esquecer
as promessas não cumpridas, pois agora é tempo eleição e as prioridades são
outras.
Em termos de Brasil há
lições positivas e negativas a considerar.
Em termos positivos
temos aquelas nos que remetem à capacidade de realização das autoridades
brasileiras. Está certo que os dirigentes da FIFA fizeram marcação cerrada, não
dando chances a vacilos, especificamente àquilo que era necessário para que o
evento acontecesse.
Outro destaque
positivo foi a derrota do pessimismo devido às manifestações de rua que tomaram
conta do país um ano antes. Nada aconteceu de mais grave.
Mais uma lição
positiva: se o país foi capaz de prover com fundos (dinheiro em quantidade
muito elevada), para a realização desse grande, histórico e único evento,
também o é para suprir as grandes demandas da sociedade: saúde, educação,
infraestrutura e tantas outras.
Mas, não apenas a
seleção brasileira que fracassou na copa. Espanha, Portugal e Uruguai, foram
exemplos gritantes de que faltaram planejamento, espírito de equipe, preparação
técnica e física. Além da dependência de uns poucos jogadores tidos como
diferenciados.
Trazendo para a vida
humana, podemos perceber verdades que tantas vezes são negligenciadas por
equipes de trabalho, empresas e pessoas. Tais verdades se aplicam também ao
futebol dentro e fora do campo.
Vivemos num mundo
dominado pela ideologia capitalista, onde o consumo é a sua grande
característica. Nesse contexto o consumo é mais, é essencial, como essencial é a concorrência em todos os níveis da vida
humana e empresarial.
A Copa do Mundo é uma
competição em que um só ganha e o que ela nos ensina é que jamais devemos
menosprezar o adversário (ou o concorrente). O Brasil para ganhar do Chile... O
Uruguai levou uma semi-goleada da Costa Rica.
Planejamento
estratégico e a longo prazo... Visão holística (ou de 360º)... Levar em conta
todas as possibilidades... Oxigenar a
equipe (o que a Espanha não fez...). Fazer o marketing pessoal, o
relacionamento, pautado pela iniciativa e pela ética (o que a Alemanha fez).
Jamais perder o “fair
play”, isto é, a boa educação, o respeito, a ética, a bondade... E os
brasileiros pisaram literalmente na bola quando vaiaram o Hino Nacional
Chileno, cantado à capela, e desrespeitaram a presidenta Dilma, máxima
autoridade do país... Isso tudo pegou muito mal.
O que a Copa de 2014
nos ensina pode, sim, melhorar em muito a vida de todos nós. É positivo, mas
quando?
Imagem: Google
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