A palavra “tradição”
vem do latim “traditio”, que
significa transmissão, passagem de algo que começou no passado para o presente.
É um habito que se enraizou na sociedade ao longo da história e ainda
influencia a vida das pessoas na atualidade.
As tradições,
portanto, são patrimônios das sociedades, das pessoas, das cidades, dos países.
São costumes, festas, cultura, procedimentos, religiosidade, maneiras de ser,
pensar e agir. Esse é o lado bom da questão. Mas há o outro lado a considerar e
que não pode ser tão bom assim.
As tradições,
especialmente as comportamentais, podem se transformar em entraves, ou travas,
que obscurecem a visão, impedindo as pessoas de verem as transformações que vem
ocorrendo no mundo, na vida, na sociedade, na história.
As tradições têm o seu
valor, sim, como cultura... Nunca levada ao extremo a ponto de tolher as
liberdades, limitar os potenciais humanos. Exemplificando: Manter-se aferrado
às tradições podem limitar o acesso às coisas boas da vida moderna. Um horário
que não deve ser perdido por ser tradição, um ritual inflexível.
Não estamos falando em
exageros. Valores morais, éticos e humanos, vindos da tradição histórica
precisam e devem ser mantidos. Liberdade não se confunde com libertinagem. Nada
de banalização. Não de pode negligenciar tais valores que formam a base de
sustentação da vida social, tais como
família, ética, respeito humano, solidariedade, altruísmo, empreendedorismo,
religiosidade, amizade verdadeira...
Pessoas
tradicionalistas têm dificuldades de desenvolver diálogos modernos, abertos.
Essas pessoas, mesmo sem intenção específica, correm o risco de se tornarem
preconceituosas.
O que as tradições não
devem tolher é a liberdade de ir e vir e especialmente a liberdade de ser e
estar onde as pessoas se sentem bem e acolhidas. O que deve valer é a
disposição interior para ser, estar e construir ambientes reconfortantes,
amorosos, alegres, promotores da paz.
Uma realidade
inquestionável da modernidade é a valorização da liberdade humana, a questão do
“diferente”. Muitas pessoas aferradas às tradições têm dificuldades de aceitar
a homossexualidade, que muitas sociedades já consideram como direito em suas
legislações e não há como negar a sua existência. Uma coisa é não aceitar.
Outra é não respeitar, não compreender e, pior, combater, posicionando-se
contra a lei. È nesse sentido que as tradições têm seu lado negativo.
Insistimos no
equilíbrio... Nada de exageros... Nada de banalizações...
Imagem: Google
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