Quem já teve um
mosquitinho no olho? Dói? Não, queima e como queima. Quem já sofreu de crise de
cálculo renal? Dói muito. Uma topada,
daquelas que tira a tampa do dedão do pé... Ah! Como dói. Numa partida de
futebol, uma bolada nas partes baixas... Nem pensar! Um dedo preso na gaveta da
cômoda dá até frio no final da coluna!
Doenças doem... Nem
pensar. Mas ela um dia chega! Quem sofre de enxaquecas tem muitas histórias a
contar...
Dores, quantas dores atingem a nós pobres e mortais humanos. Dores físicas, localizadas,
portanto tratáveis, especialmente com medicamentos.
E as dores do
espírito, da alma... Ah! Estas, sim, incomodam demais e o tratamento muito mais
difícil, pois não dependem de quem as sofrem, mas de quem as causam.
Precisamos tomar
consciência e principalmente cuidado. Podemos causas nas pessoas feridas que
ficarão para o resto de suas vidas e doendo muito. A recíproca é verdadeira;
podemos ser vítimas, também.
O que mais machuca a
nossa alma?
O silêncio é eloquente...
Evita acidentes... Mas também tem hora certa para ser colocado em prática.
Falar, dar respostas, ser assertivo, falar o necessário, ser verdadeiro, pode
até causar uma dor momentânea, mas não machuca para sempre. O silêncio pode ser
educativo, construtivo. Mas falar o necessário também é. E elimina angustias,
que doem muito.
E o desprezo? Não é
fácil não ser notado, passar em branco, não ter oportunidade, voltar para casa
da mesma maneira como saiu, sem nada conseguir... É bom nem pensar no que passa
pela cabeça de alguém desprezado. A dor é única e não adianta tentar
compreendê-la
Uma palavra proferida
em hora errada e na entonação inadequada. Um pensamento diz que “...as pessoas são donas do silêncio e
escravo das palavras”. É verdade.
Uma palavra dita não tem volta. Não dá para deletar e quando atinge, vai
fundo, marcando para sempre. Portanto, cuidado com o "quê" fala e “como” fala.
Traição... Trair a
amizade, o amor, a verdade, a confiança... Mais uma dor que demora demais para
ser curada, ou impossível. A sensação muito grave de tempo perdido, de ter que
recomeçar, de perder dinheiro, de ter que abdicar a um sonho, porque no meio do
caminho uma traição aconteceu, meu Deus, como dói...
Quem pensa que o
contrário do amor é o ódio está enganado. O ódio é o amor levado às últimas
consequências. Mas no ódio ainda resta uma pequena porta para o diálogo e a
reconciliação. O pior é a indiferença, Esta sim é o oposto ao amor, pois se
trata de uma atitude consciente, racional, de vontade própria, de determinação
para assim agir. Com a indiferença não há portas para o diálogo. Quando ela se
instala o amor, a amizade, a consideração, já morreram. E dói..,
Pobres humanos, como
sofrem!
Imagem: Google.
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