Um dos cinco sentidos
com os quais as pessoas se comunicam com o mundo externo e que tem sua função
também primordial à manutenção da vida é o olfato. É através dele que se sente
o mal cheiro, identificando, por exemplo, produtos estragados que fazem mal à
saúde.
Na pré-história os
nossos ancestrais percebiam a presença de predadores sentido os seus “cheiros”,
quando não podiam vê-los. Foi, também, com o olfato que eles perceberam que
algumas plantas exalavam “cheiros” diferentes, que faziam bem e causam uma
sensação até então desconhecida de bem-estar. Foi assim que nasceu o uso do
perfume, primeiro em rituais místicos nos quais se queimavam essas plantas em
oferendas aos deuses, daí a origem do nome per
fumum, isto é, por meio da fumaça.
O olfato está
intimamente ligado às emoções. Com isso os cheiros ruins e as
fragrâncias agradáveis sempre mexeram com a sensibilidade das pessoas, ora
afastando ora aproximando-as.
Assim, ao longo da
história a relação das pessoas com os aromas agradáveis ao olfato foi se
aprimorando. Os reis e sua turma, não muito afeitos aos banhos, usavam os óleos
e ungüentos para alívio dos desagradáveis odores oriundos da falta de higiene.
E foi com a
industrialização, a partir do Século XIX, que surgiu uma importante parceria entre
perfume e moda que se mantém até hoje e cada vez mais ganhando importância para
a vida das pessoas, determinando, inclusive, comportamentos.
Hoje se percebe que
uma pessoa delicada, fina, educada, de boa índole, de formação humanística, usa
perfumes também suaves, delicados, que fazem bem a elas próprias, às pessoas
que estão próximas e aos ambientes que freqüentam. São sobretudo discretas.
Já as pessoas
grosseiras, arrogantes, autoritárias, egoístas, centralizadoras, tendem usar
perfumes mais fortes, agressivos, no sentido de se impor perante aos demais.
Pessoas assim, mesmo que usem perfumes suaves, amenos, não conseguem ser
agradáveis.
E é tão séria essa
opção por certos tipos de perfumes e suas fragrâncias que pode gerar nela mesma
e noutras mais sensíveis, sensações muito desagradáveis, como alergias, com
erupções na pele e até enjôos, tonturas e vômitos.
Pois então que fique o
alerta. Os perfumes podem afetar as relações humanas. Precisam ser pesquisados
e adequados ao tipo de pele, às questões endocrinológicas hormonais e às
características da personalidade. Cuidado também com a origem e fabricação.
O perfume é um cartão
de visita...
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