Miramo-nos no espelho
pelo menos uma vez por dia. Analisamos todos os aspectos de nossa aparência
física, desde os cabelos até os pés. Dependendo do tempo disponível fazemos
análises mais ou menos aprofundadas. Verificamos o penteado, as sobrancelhas,
as olheiras se estão acentuadas ou não, os cravos, as espinhas, as roupas se
realmente estão combinando ou estão de acordo com o clima do dia. Fazemos uma
análise ou uma autocrítica do nosso aspecto externo.
Se estamos amuados, se
dormimos mal, se vivenciamos pesadelos, as preocupações são nossas
prioridades... E mesmo se o tempo está chuvoso... Tudo isso afeta o nosso humor
e a dificuldade de acertamos o nosso visual é maior. Então, o dia já não começa
bem...
Essa autocrítica
fazemos diariamente... E determina ações práticas como cortar ou pintar o
cabelo, comprar peças novas de roupas, cuidar das unhas, das medidas...
Contudo, outra análise
precisamos fazer periodicamente: o nosso interior, as nossas premissas, os
nossos valores, as nossas atitudes, as perdas e ganhos da nossa vida social.
Não é um momento fácil
o enfrentamento de nós mesmos, de cara limpa. É preciso coragem, pois a nossa
tendência é a de nos sentirmos seguros das nossas opiniões, das nossas idéias,
as nossas posturas.
Muitas vezes nem nos
preocupamos se em algum momento ferimos sentimentos de pessoas que estão ao
nosso redor. Ou traímos a sua confiança, ou não demos a devida atenção a alguma
situação de necessidade que um dos nossos amigos acaso esteja passando.
Segundo Mario Sergio
Cortella, “crítica é separação. Fazer uma
escolha entre o eu serve e o que não serve” (*).
Portanto, fazer uma
autocrítica, tanto quanto a análise do nosso exterior, é fazer uma “varredura”
em nosso interior, limpá-lo, separar o lixo e, assim nos tornar cada vez
melhores.
(*) Frase do livro “Pensar bem nos faz bem” (Página116) –
Mario Sergio Cortella – Editora Vozes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário